No Ceará, MST realiza 31º Encontro Estadual

Com o lema, “MST Ceará: 30 anos de lutas, conquistas e resistência”, a militância Sem Terra discutiu temáticas ligadas a conjuntura política
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O encontro cumpriu o objetivo de fazer um balanço das ações realizadas durante o ano e planejar o próximo período. Foto: Divulgação MST

 

Por Aline Oliveira
Da Página do MST

 

Entre os dias 16 e 18/12, cerca de 800 trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra realizaram o 31º Encontro Estadual do MST Ceará. O encontro aconteceu no assentamento Nova Canaã, localizado em Quixeramobim, na região do Sertão Central.

Com o lema, “MST Ceará: 30 anos de lutas, conquistas e resistência”, a militância Sem Terra discutiu, durante os três dias, temáticas ligadas a conjuntura política, econômica e social, nacional e internacional; os desafios da classe trabalhadora no próximo período; além de diversas mesas de debates e assembleias com as mulheres, os homens, dos sujeitos LGBT Sem Terra e a Juventude.

Para Pedro Neto, da direção nacional do MST, o encontro cumpriu o objetivo de fazer um balanço das principais ações realizadas pelo movimento durante o ano e planejar o próximo período. “Celebramos a nossa resistência, existência e as conquistas que obtivemos fruto de nossa organização e da luta popular, além de confraternizar com os amigos e amigas do MST”, comentou.

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Foto: Divulgação MST

Além disse, ele pontua também que esse encontro teve dois elementos fundamentais para animar a militância. “Nós estamos nos preparando para comemorar os 30 anos da existência e resistência do MST no estado e também tivemos a abertura da nossa primeira Copa Estadual da Reforma Agrária, que é uma importante conquista para nossa organização, fortalecendo as políticas públicas com a nossa base e proporcionar o acesso ao esporte e lazer”, afirmou.

Armando Bessa, acampado no acampamento 17 de Abril, disse que o Encontro Estadual é um espaço muito importante para fortalecer a luta. “Esse é o terceiro encontro estadual que eu venho e é sempre inovador. A gente aprende muito e claro, percebemos o quanto que nós pertencemos a essa luta”.

Já Arilene Chaves, amiga do MST e militante da Educação do Campo, acredita que nessa conjuntura política nacional e internacional, o Encontro Estadual se faz como uma “mística da alma”, com animação para nossa resistência contra a ofensiva conservadora e violência do discurso de ódio construído na última campanha presidencial.

Ela afirma que a vitória de Bolsonaro “representa todo um retrocesso para nosso país e à história de luta do MST e de todos os movimentos sociais do campo e da cidade”, finalizou.

 

*Editado por Wesley Lima.