MST ocupa prefeitura de Itamaraju, na BA

Os trabalhadores Sem Terra reivindicam melhorias na infraestrutura, saúde, produção e principalmente, na educação nos assentamentos e acampamentos da região
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Sem Terra ocupam a prefeitura de Itamaraju para reivindicar melhorias nos assentamentos.

 

Por Izelia da Silva e Jobson Passos 
Da página do MST

 

Na manhã desta segunda-feira (28/01) cerca de 400 trabalhadoras e trabalhadores ocuparam a sede administrativa da prefeitura de Itamaraju, no extremo Sul da Bahia.

Os trabalhadores reivindicam melhorias nas estradas dos assentamentos, na saúde, infraestrutura, mecanização agrícola e principalmente na educação nas áreas de reforma agrária.

A ocupação também é parte da campanha de luta pela educação que exige o fim dos retrocessos sofridos pela educação, em especial a educação do campo. E cobra melhores estradas, melhoria de infraestrutura e contratação de quadro de educadores nas escolas. O problema se agrava em dias de chuva, quando as crianças não consegue chegar nas escolas devido as péssimas condições das estradas rurais.

Para a dirigente estadual do MST, Maristela Cunha a pauta já e antiga e a prefeitura não tem cumprido com pontos que dizem respeita a educação do campo. 

“Os educandos das áreas de reforma agraria vêm sofrendo com a falta de infraestrutura que tem dificultado muito, quando não são os ônibus que não oferecem o conforto necessário, são as estradas que não contribuem para a chegada nas escolas, além das reformas que o senhor prefeito prometeu e não fez”, cobra Maristela.

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Ainda segundo a dirigente, no grupo que se encontra em frente à prefeitura, além dos pais dos alunos, estão também os alunos. Ou seja, quem é mais afetados pelo não atendimento da pauta da educação do campo pela prefeitura.

Pauta travada

A pauta de reivindicações entregue à prefeitura faz parte de um processo histórico de luta do MST na região. Em 2017 alguns escolas nos assentamentos e acampamentos chegaram a ser fechadas devido o descanso com as estruturas.

De acordo com o integrante da direção estadual do MST, Leandro Dominicini, há descaso, negligência e falta de sensibilidade do gestor do município, pois a três anos, as famílias assentadas vêm tentado dialogar para a resolução de reivindicações na área da educação.

Após a posse do novo prefeito, Marcelo Angenica (PSDB), que ocorreu em 2017, “até o momento não tivemos nenhuma resposta sobre nossas pautas, nós trabalhadoras e trabalhadores do campo estamos sofrendo com a incapacidade do prefeito de suprir os direitos do povo, o que é garantido por lei,” afirma Dominicini.