Após condenação injusta, atos por Lula Livre acontecem em todo país

O ato na Vigília Lula Livre, em frente à Policia Federal em Curitiba, reuniu em torno de 300 pessoas, numa articulação das organizações que já compõem a Vigília
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Foto: Ricardo Stuckert

 

Do Comitê Lula Livre 

 

No dia seguinte à condenação do ex-presidente Lula pela juíza Gabriela Hardt no suposto caso do “sítio de Atibaia”, milhares de manifestantes saíram às ruas para questionar a justiça de classe em permanente Estado de exceção. A perseguição a Lula foi denunciada em pelo menos 7 cidades e atos seguem agendados para os próximos dias (8 e 9/02) em mais dez cidades. Em São Paulo e em Curitiba, onde Lula está preso, os atos reuniram lideranças políticas.

 “Estamos aqui pra fazer a defesa não de uma pessoa, estamos aqui para fazer a defesa de um conceito, um conceito que nos diz respeito à todos nós”, explica Fernando Haddad durante o ato na região da Praça da Sé, na capital paulista. “Qualquer um de nós podemos estar na situação que se encontra o presidente Lula hoje, se os preceitos jurídicos não forem observados”, numa referência ao desvios processuais das duas condenações do ex-presidente Lula pela Lava Jato.

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Foto: Joka Madruga

Curitiba

O ato na Vigília Lula Livre, em frente à Policia Federal em Curitiba, reuniu em torno de 300 pessoas, numa articulação das organizações que já compõem a Vigília, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) , o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e o Movimento Sem Terra (MST) . O Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE/FNU) também esteve no ato, que contou ainda com a participação de Jaques Wagner e Humberto Costa. Os senadores transmitiram o recado do Lula, após visita esta tarde.

Jaques Wagner relata que Lula está bem e que tem consciência que tudo isso foi para produzir uma eleição que em algum aspecto é semelhante ao impeachment da Dilma. “Porque as formalidades legais foram cumpridas, mas a legitimidade não existiu. Não houve crime da Dilma assim como o principal candidato foi interditado”, nas palavras de Lula relatadas por Wagner.

Ele explica que formalmente foi legal o processo eleitoral, “mas é óbvio que foi introduzida um negocio de um robô”, analisa Lula, e que vai ser necessário se tomar uma distância temporal para se entender o que esta acontecendo neste momento na História do Brasil, expressa o Senador em nome do ex-presidente. Lula também se dirige aos militantes da Vigília e agradece a resistência de cada “Bom dia, boa tarde e boa noite” entoados há 307 dias e que o mantém animado.

Na Vigília os movimentos levantaram o contrassenso que é o presidente Lula estar preso sem provas enquanto que todos os executivos da Vale estão soltos após o massacre de Brumadinho. “Justiça para quê e para quem?”, questionam os militantes em faixas e nas palavras de ordem.

Além de Curitiba e São Paulo, ocorreram atos hoje em Porto Alegre, Belo Horizonte, Florianópolis, Cuiabá e Palmas. Mais manifestações são esperadas no Recife, em Vitória, Campo Grande, Campina Grande-PB e Aracaju, nesta sexta-feira (08), e em Macapá, Maceió, Ribeirão Preto-SP, São José dos Campos-SP e Uberlândia-MG, no sábado (09).

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Foto: Ricardo Stuckert