Bahia tem ato ecumênico em homenagem a Márcio Matos

Evento contou com a presença de representantes de diversas religiões que se uniram para confortar a família e amigos
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A atividade também exigiu justiça e celeridade nas investigações. Foto: Divulgação MST

 

Por Rarielle Costa
Da Página do MST 

 

No último sábado (9) cerca de 200 pessoas realizaram em Vitória da Conquista, sudoeste baiano, um culto ecumênico em memória de Márcio Matos, dirigente Sem Terra assassinado em 2018, dentro de sua casa, no município de Iramaia.

O ato em memória de Marcinho, como era chamado pelos companheiros, contou com a presença de representantes de diversas religiões que se uniram para confortar a família, os amigos e os companheiros e companheiras ali presente. 

A atividade – que reviveu a memoria de Marcio e de todos as companheiras e companheiros tombados na luta – também exigiu justiça e celeridade no caso que um ano depois não tem nenhuma resposta do Judiciário.

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Foto: Divulgação MST

“Não sei falar em público, nunca fiz isso, mas acho que ele se orgulharia de mim”, foi assim que Flavia Rezende, noiva de Marcinho começou a sua fala, emocionada, ela trouxe detalhes sobre sua trajetória.    

Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) entre 2013 e 2017 o número de mortes no campo aumentou cerca de 15%. 

Esse reflexo mostra o quanto os trabalhadores e trabalhadoras do campo têm tido sua vida ceifada por lutar pelos seus direitos e pelo acesso à terra.

De acordo com Lucinéia Durães da direção nacional do MST, falar de Marcinho é falar de resistência e de luta. “Nossa indignação será mantida contra o sistema que quer a qualquer custo tirar a esperança do povo. Esse, além de ser um momento de recordação, também é um momento de reafirmar que a luta de Marcinho e de todos os Sem Terra tombados será sempre repeitada continuada por nós do MST”, concluiu. 

 

*Editado por Maura Silva.