Nota do MST em solidariedade à companheira Valéria, reitora da Ufal, e sua gestão

Em texto, reafirmamos o papel fundamental da aproximação da Universidade com o meio popular

 

Da Página do MST

Recebemos com surpresa a notícia do pedido de prisão por parte da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal) e do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal) contra a Reitora Valéria Correia e membros de sua gestão.

O motivo teria sido baseado em atos administrativos da reitoria num conflito de interesses acerca do pagamento de gratificações para os trabalhadores, processo que tem encontrado casos semelhantes em outras universidades federais Brasil afora. Em nenhuma delas, o Reitor ou Reitora foram alvo de pedidos de prisão.

Nos solidarizamos com a companheira Valéria Correia e reafirmamos o papel fundamental que sua gestão tem na aproximação da Universidade com o meio popular, se desvencilhando dos muros que a isolam dos problemas sociais. É algo inédito em se tratando de uma universidade que sempre esteve à serviço, por exemplo, do agronegócio da cana-de-açúcar em Alagoas.

Num momento de ataque direto às universidades, de uma conjuntura com um Estado de exceção permanente, governado por um consórcio de militares, capital financeiro e justiça de exceção, é necessário reafirmar a unidade das forças populares para a defesa dos direitos do povo brasileiro.

Numa divergência que se segue há meses e que envolve tanto direitos dos trabalhadores como o parco orçamento da Universidade, reiteramos que somente o diálogo poderá ser o caminho para uma resolução que contemple o interesse público.

Seguimos em luta junto àqueles que defendem e constroem a universidade pública, para a consolidação de uma Ufal verdadeiramente pintada de povo.

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA – MST