MST realiza mutirão de solidariedade com doação de 4 toneladas de alimentos no Paraná

A "Jornada Solidária da Reforma Agrária Popular" envolveu cerca de 40 comunidades de assentamentos e acampamentos, de mais de 15 municípios, na região noroeste do estado
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A população participou de atos ecumênicos antes da distribuição dos alimentos.

 

Por redação/Setor de Comunicação MST-PR (texto e fotos)
Da Página do MST 

Entre arroz, mandioca, açúcar mascavo, frutas e derivados de leite, cerca de 4 toneladas de alimentos foram doados pelo MST para a população da periferia do município de Sarandi, na região noroeste do Paraná, neste sábado (30). 
 

A organização do mutirão batizou a atividade de “Jornada Solidária da Reforma Agrária Popular”, que envolveu cerca de 40 comunidades de assentamentos e acampamentos na região, de mais de 15 municípios. 

O integrante da coordenação do MST no Paraná, João Flávio Borba, conta que o objetivo do mutirão é dialogar com o povo por meio da produção diversificada de alimentos e tratar da importância da alimentação para atender as necessidades das pessoas. “Um ato de solidariedade, seja na forma de distribuição de alimentos, seja de outras tantas maneiras, não é fruto de milagre, é resultado das diversas formas de organização dos trabalhadores e das trabalhadoras”, afirma.

Lideranças de associações de bairro e de outras organizações ligadas às paróquias organizaram e cadastraram as famílias que receberam as cerca de 600 cestas doadas pelo MST. A distribuição atingiu todos os bairros de Sarandi, com cerca de 100 mil habitantes e localizada na região metropolitana de Maringá. 

Antes da distribuição foram realizados dois atos ecumênicos. O primeiro ocorreu pela manhã, na Paróquia São Paulo Apóstolo e também envolveu a Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus. No período da tarde a cerimônia ocorreu na Paróquia Nossa Senhora da Esperança, e contou com a participação da Paróquia Nossa Senhora das Graças.
 

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Organização das doações para entrega à população.

Além dos militantes do MST que se deslocaram para a cidade, moradores de Sarandi se envolveram no mutirão. Luciana esteve entre o grupo urbano que participou da organização da Jornada ao longo do último mês. “Com a reforma agrária a gente pode até viver melhor, porque os produtos são orgânicos, colhidos direito da terra […]. Nós da cidade dependemos muito das famílias do MST, são eles que produzem para a cidade. Por isso eu peço que todos apoiem o Movimento e a reforma agrária, são famílias como as nossas, são trabalhadores”, diz a integrante da Paróquia São Paulo Apóstolo.   
 

Congresso do Povo 
 

O mutirão de solidariedade integrou as ações do Congresso do Povo, uma proposta de saída popular para crise pela qual o Brasil passa. Em meio ao cenário de fragilidade da democracia, de crise econômica e política, essa iniciativa pretende promover junto à população processos de organização, formação e mobilização. 
 

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Trabalhadores do MST doam alimentos à população de Sarandi.

“Buscamos debater com os trabalhadores sobre a necessidade e a urgência de se avançar na Reforma Agrária como saída para a crise social e econômica que aflige o povo pobre no Brasil. O MST aposta na organização do povo, a partir de suas fórmulas próprias, para a busca da superação da atual crise. Assembleias populares, seminários e o Congresso do Povo, dentre outros, são fundamentais para isso”, garante João Flávio Borba. 

A iniciativa do Congresso do Povo é organizada pela Frente Brasil Popular, que reúne cerca de 80 entidades nacionais, entre elas o MST. O Movimento também organiza outras ações nos marcos do Congresso em Curitiba e em outros municípios do estado. 

 

*Editado por Solange Engelmann