Manuela d’Avila lança Revolução Laura no Armazém do Campo-SP
Da Página do MST
Reflexões sobre a maternidade. O registro afetivo de uma mulher e de uma mãe e o desafio de vivenciar esse processo em meio a campanha presidencial de 2018.
Tudo isso pode ser lido em Revolução Laura (Belas Letras), primeiro livro de Manuela d’Avila lançado na noite desta terça-feira (7), no Armazém do Campo-SP.
No evento, que contou com a presença de centenas de pessoas, Manuela falou um pouco sobre o processo de feitura do livro e sobre como ser mãe de Laura, 4, configura-se em resistência no atual momento em que vivemos.
“A maternidade revolucionou minha militância. Foi quando compreendi exatamente as estruturas de opressão de gênero. Não existe um processo de desenvolvimento que não passe pelas mulheres e pelas mães”, afirmou.
Manuela, conta que não quis reproduzir o que via seus colegas da política fazendo com seus filhos, deixando-os em casa sob os cuidados de outra pessoa quando iam trabalhar.
“Meu objetivo, ao fazer diferente, é estimular na sociedade a contestação desses papéis de gênero. Não nos serve apenas nos libertarmos, é preciso lutar e contestar na sociedade esses papéis de gênero e garantir que nós, mulheres, possamos viver com mais liberdade”.
Ela também lembra o papel de tantas outras mulheres que a inspiraram não só na escrita, mas também na vivência dessa maternidade real e de uma nova forma de ocupação do espaço político.
“Sempre que venho ao Armazém do Campo, que é um símbolo da luta pela terra e pela alimentação saudável, penso nas mulheres Sem Terra e em como o MST sempre respeitou esse espaço. O lugar da mulher nas posições de direção, as cirandas infantis que permite às companheiras participar das atividades. Tudo esse caminho de luta e de muita resistência já percorrido pelas mulheres trabalhadoras Sem Terra é o que hoje nos permite viver a maternidade de maneira mais igualitária”, finalizou.
Manuela segue percorrendo o país no lançamento de ‘Revolução Laura’, que já está na segunda edição. O livro pode ser adquirido também no site do Instituto “E se fosse você?”, fundado em 2019.