Mais de 50 organizações ligadas à questão agrária se reúnem para construir plataforma unitária

Seminário propõe agenda unificada de construção entre os dias 6 e 8 de junho
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Foto: PH Reinaux/ Divulgação MST

Da Página do MST

Entre os dias 6 e 8 de junho pelo menos 50 organizações, partidos políticos, ambientalistas,  intelectuais, indígenas, quilombolas e artistas vão se reunir na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema(SP) para elaborar uma plataforma unitária que terá o papel central de enfrentar os desafios para um programa de soberania nacional com foco no debate da posse e do uso da terra e dos bens da natureza.  

“Nossa expectativa é construir uma plataforma que articule e unifique essa ampla diversidade de atores e atrizes que atuam no campo, nas águas, nas florestas e consiga construir uma linha de trabalho, uma referência”, afirmou Eugênio Peixoto do Fórum de Gestores responsável pelas políticas de apoio à agricultura familiar do Nordeste, uma das entidades mobilizadoras. A Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra), Campo Unitário (que congrega um extenso rol de entidades, como Contag, Contraf e Via Campesina) e ENFF também integram o grupo de organização. 

O Seminário Terra e Território: Diversidade e Lutas propõe o alinhamento político no debate da terra no Brasil entre as diversas organizações que lutam em defesa da agricultura familiar, da agroecologia, das comunidades indígenas e quilombolas, pela alimentação saudável e pela construção de um modelo de desenvolvimento que estabeleça uma relação altruísta entre a humanidade e meio ambiente.

A partir desse encontro sairá um calendário de lutas para o próximo período.  Como aponta Nicinha Porto, presidente da Abra, “O objetivo é fazermos uma leitura unificada da conjuntura, mas especialmente buscar construir uma plataforma articulada, coletiva e possível, voltada para essa luta de fortalecer as bandeiras do campo.”

A programação conta com análise de conjuntura nacional e internacional, mesas temáticas e debates em grupo, além do lançamento do livro Sem Terra em cartaz, da editora Expressão Popular. Como desdobramento, no sábado acontecerá um ato político aberto à imprensa, com a presença de personalidades e gestores públicos. Na ocasião será Lançada a Plataforma para o Campo Brasileiro, a Carta da Terra e a agenda de atividades. 

“Os ataques ao meio ambiente, não são só às populações tradicionais, indígenas e quilombolas, e aos pequenos agricultores, mas contra a humanidade, é muito desafiador esse momento”, concluiu Nicinha.

Confira a lista de organizações convidadas: http://bit.ly/OrganizaçõesTerraTerritório

Credenciamento da imprensa para Ato Político (8/junho): http://bit.ly/2W7OB2g

(só será permitida a participação de jornalistas credenciados)

Inscreva-se para receber os boletins do evento: http://bit.ly/2Wog2K3  

Evento

Seminário Terra e Território: diversidade e lutas

6 a 8 de junho

Escola Nacional Florestan Fernandes – Guararema