Edição especial da revista Sem Terrinha é lançado em SP

Lançamento aconteceu durante ato em Defesa dos Direitos da Infância e da Adolescência
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 1º Encontro Nacional das Crianças Sem Terrinha 

Da Página do MST 

 

O ato em Defesa dos Direitos da Infância e da Adolescência, que aconteceu no inicio do mês de julho em São Paulo, também foi marcado pelo lançamento da edição especial da Revista Sem Terrinha. 

Com uma linguagem lúdica e que aguça a reflexão, a revista que trás como tema: Crianças de Todo o Mundo -, concentra um panorama da situação vivida por crianças e adolescentes em diversas regiões do mundo como Haiti, Síria, Palestina.

Para Marcia Ramos, do setor de educação do MST, a revista Sem Terrinha se tornou um potente instrumento de comunicação da infância.

“A Revista Sem Terrinha conta a história das crianças brasileiras, mas também fala de diferentes povos que lutam pela terra. É uma revista atemporal que faz com que as crianças se reconheçam na sua historia e na do outro. Isso faz com que elas tenham como perspectiva fundante o internacionalismo”. 

Em luta pela sobrevivência, por direitos e por dignidade. As crianças precisam ver, ouvir e, principalmente, serem ouvidas. Ramos ressalta que a participação no processo de construção da própria subjetividade é fundamental porque a partir do momento que a criança se reconhece nesse lugar ela terá condições de contribuir de maneira ativa na construção de uma sociedade melhor.

“Dentro dessa perspectiva, a revista Sem Terrinha se transforma em um dispositivo de dialogo e de articulação popular porque ela exerce um papel ímpar dentro da comunidade. É um potencial fundamental para pensar o lugar da criança e do adolescente em seus espaços para que elas possam discutir como estão seus direitos eu seu lugar na transformação social, completa”.  
 

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Defesa das crianças, dos adolescentes e da educação

Durante o ato João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST, lembrou os ataques ao 1° Encontro Nacional das Crianças Sem Terrinha e reforçou a importância da unidade em um período de grandes ataques à educação. 

“Esse ato foi construído para trazer o tema da infância e da adolescência para o centro do debate, diante desse processo coletivo, nós nos reunimos aqui para reafirmar o processo de articulação pela educação e também de solidariedade aos nossos companheiros e companheiras que estão sofrendo retaliação dentro de órgãos de que deveriam lutar em prol direitos de nossas nossas crianças e adolescentes”, afirmou.  

Na mesma linha Márcia chama atenção para importância da articulação em um momento grave da educação no país.

“A defesa da educação e dos direitos das crianças e adolescentes é tarefa de toda sociedade,  mas, sobretudo, das entidades, organizações e movimentos populares que trabalham com a infância. Defender o direito de estudar e de viver no campo é fundamental, disso não abrimos mão. Desde 1994, as crianças Sem Terra lutam por escola e por educação de qualidade. Filhos e filhas da classe trabalhadora que, assim como suas famílias, vivem permanentemente em luta. Além disso, as articulações feitas desde 1998 junto ao Fórum e a Articulação Nacional pela Educação no Campo têm sido uma conquista das populações do campo porque ela proporciona que desde a infância seja construída uma educação que abriga todas as características dessa realidade”. 

Márcia ressalta que a infância tem que participar dos processos organizativos. “Nesse sentido, nós do MST entendemos que a participação deve se dar em todas as esferas. Nosso objetivo é estimular seres sencientes que possam pensar nos direitos conquistados e em como eles estão sendo destruídos nessa conjuntura atual. A defesa da educação e dos direitos das crianças e adolescentes é tarefa de toda sociedade,  mas, sobretudo, das entidades, organizações e movimentos populares que trabalham com a infância”, finaliza.