UFES realiza 5ª Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária

Foram realizados debates, apresentação de trabalhos, lançamento de livros, atrações culturais e feira camponesa, em Vitória-ES.
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JURA na UFES discute sobre a necessidade de ampliar o debate sobre a questão agrária e as universidades. Fotos: Marle Fideles e Marina Mellim

 

Por Comunicação MST/ES
Da Página do MST

 

A Universidade Federal do Espírito Santo realizou entre os dias 19 e 20 de setembro de 2019, a quinta Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA). A programação contou com atividades de debates, apresentação de trabalhos, lançamento de livros, atrações culturais e feira camponesa, nos campi da UFES em Maruípe e Goiabeiras, no município de Vitória, no Espírito Santo. 
 

A JURA surge da necessidade de ampliar o debate sobre a questão agrária junto à universidade, dialogando com os temas da Reforma Agrária e da luta pela terra, e evidenciando a construção de um projeto de Reforma Agrária Popular para o campo.
 

“Desde o golpe estamos vivendo uma conjuntura de retirada de direitos da classe trabalhadora camponesa, e na conjuntura que se iniciou em 2019 no novo governo, tem se acirrado a matança de indígenas e a perseguição de camponeses. O desafio é ampliar esse debate dentro da universidade”, alerta e professora de Licenciatura em Educação do Campo e do Centro de Educação da UFES, Débora Amaral.
 

O evento teve início na tarde do dia 19 de setembro no campus de Maruípe, com mística e mesa de abertura, participação dos Movimentos Sociais do Campo e Cidade e do dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos. Em seguida foi realizado debate sobre o tema “Agrotóxicos: práticas de manuseio, implicações para a saúde e metodologias alternativas de produção” com os palestrantes do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Douglas Alvaristo Fernandes e a Nutricionista e doutoranda em Saúde Coletiva, Glenda Blaser Petarli. 
 

No dia 20 de setembro no campus de Goiabeiras ocorreu o lançamento da Jornada de Lutas dos Atingidos, com o tema: “a Vale destrói, o povo constrói: o lucro não vale a vida!”, organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). A seguir aconteceu debate com o tema: “movimentos sociais e a defesa da educação pública: entre lutas e desafios de transformação social”, a professora do Centro de Eduacação da UFES, Marlene de Fátima Cararo Pires, o integrante do setor de Educação do MST, Arlonio Campos e aluno do Curso de Licenciatura em Educação do Campo da UFES, Leomar Lírio. 
 

Como parte da programação da Jornada Universitária aconteceu a exposição de painéis com trabalhos sobre a Educação do Campo e o Lançamento de livros com a temática dos movimentos sociais, soberania alimentar, polícias sociais, raça e gênero, etc.
 

Durante a atividade também ocorreu a Feira Camponesa, com produtos agro-industrializados dos assentamentos, acampamentos e comunidades camponesas do Espírito Santo.
 

A Jornada foi construída coletivamente com articulação, que contou com a participação da Licenciatura em Educação do Campo (Ledoc), o Núcleo de Educação de Jovens e Adultos da Ufes, Comitê de Educação no Campo do Espírito Santo (Comeces), Observatório de Educação Popular da América Latina (Obepal), entidades juvenis e universitárias, Diretório Central dos Estudantes da Ufes (DCE), Levante Popular da Juventude, Kizomba, Coletivo Anatália de Melo, MST, MPA, Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Espírito Santo (Fetaes) e Sindibancários, Sindipúblicos e Sintufes.
 

Ao final da 5ª Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária foi construída e aprovada uma Carta de Apoio ao Centro de Formação Paulo Freire em Caruaru- PE, que com ofensiva de tentativa de despejo. 

 

*Editado por Solange Engelmann