Frente Brasil Popular lança nota em apoio ao assentamento Margarida Alves, em Rondônia

Realizada na última sexta-feira, a operação Primula é perseguição política a acampamento histórico do MST

 

Da Página do MST

Na semana passada, um mandado de reintegração de posse foi cumprido no acampamento Margarida Alves, localizado no município de Nova União, em Rondônia. Ocupado há mais de 16 anos, o acampamento abrigava 55 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que vivem e produzem alimentos na área de cerca de 120 hectares. 

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​Diante desta situação, a Frente Brasil Popular em Rondônia lançou uma nota de repúdio contra a Operação, que não respeita o direito à terra e a vida humana. Confira abaixo a manifestação.

 “Se fere nossa existência, seremos resistência”

A Frente Brasil Popular repudia a ação da Polícia Federal, através da operação PRIMULA – Margarida em latim – realizada na sexta-feira (20/09), no acampamento Margarida Alves, especificamente na cooperativa dos assentados.

O acampamento foi criado em 1997, após a ocupação das fazendas Aninga e Fisher/Firasa por cerca de 250 famílias organizadas pelo Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ele está localizado no município de Nova União e é fruto de um processo de lutas, lida com respeito à floresta e cumpre os dispositivos legais do Código Florestal.

Neste sentido nos solidarizamos com as famílias acampadas, com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, em especial com o companheiro João Abelhão, cujas ações são em defesa, das florestas, das águas e da vida.

Porto Velho, 23 de Setembro de 2019.
 

Frente Brasil Popular- Rondônia