Maranhão festeja conquistas e prepara mobilizações para 2020 em Encontro Estadual do MST
Por Mariana Castro
Da Página do MST
Apesar de todos os desafios ao longo deste ano marcado por ofensivas do governo Bolsonaro ao direitos humanos e aos trabalhadores do campo, o MST no Maranhão tem muitas conquistas a comemorar.
A participação protagonista na cadeia produtiva da mandioca, a implantação do espaço político e cultural Solar Cultural da Terra Maria Firmina dos Reis, a resistência de acampamentos e a conquista do selo “Gosto do Maranhão” são só alguns exemplos deste êxito. E com presença massiva de jovens, MST do Maranhão prepara reestruturação de diversos setores do movimento.
Dessa maneira, o encontro estadual seguiu com sentimento de renovação e novas conquistas, com a eleição da executiva estadual e regionais. O encontro aconteceu entre os dias 13 e 15 de dezembro, no assentamento Califórnia, localizado no município de Açailândia, cercado por empresas siderúrgicas e extensas plantações de eucalipto, mas protegido por companheiras e companheiros de luta e coragem.
Além do balanço das lutas e desafios ao longo do ano e o planejamento de ações para o futuro, durante os três dias foram realizadas muitas atividades. Entre elas, destacam-se a Assembleia da Juventude, a Assembleia das Mulheres e o momento anti-patriarcal com os homens, a Feira da Reforma Agrária, o lançamento da Jornada de Trabalho de Base e da Campanha de Florestamento, com o lema “Plantar árvores e produzir alimentos saudáveis”, que tem como propósito nacional atingir o plantio de 100 milhões de árvores em até dez anos.
Com ousadia e criatividade que a luta requer, durante o encontro foi anunciada também a 1ª Copa de Futebol Sem Terra do MA, que terá como pano de fundo a organicidade de homens e mulheres em torno de atividades em prol da reforma agrária popula. Afinal, é como diz o lema da Copa: “na luta de classes, todas as armas são boas: e vamos de futebol”. As inscrições de times seguem até dia 31 de janeiro de 2020.
Em um momento de acolhimento e emoção, foi feita ainda uma homenagem à Dionísia Rodrigues, carinhosamente conhecida como “Dona Dió”. Assentada há 30 anos, ela completou 82 anos de vida e declarou seu amor, compromisso e doação ao movimento: “enquanto eu estiver viva, sempre estarei com o MST”.
*Editado por Fernanda Alcântara