MST realiza atividade sobre “Experiências de Gênero em África: os casos da Zâmbia e Angola”, em SE

Roda de conversa contou a participação de duas professoras que relataram suas vivências no continente africano
Atividade surgiu com o objetivo de socializar a experiências da Brigada Internacionalista Samora Machel / Foto: Luiz Fernando

Por Dijna Torres

Na última quarta-feira (15), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de Sergipe promoveu uma Roda de Conversa com as professoras Joana Vilar e Yérsia Assis, para trocar experiências sobre as vivências no continente africano, especificamente nos países Zâmbia e Angola.  O espaço discutiu aspectos sobre as experiências que a questão de gênero vem se formatando no continente africano, por meio das aproximações e distanciamentos que as referidas professoras tiveram através de suas vivências na Zâmbia e em Angola.

“A roda de conversa faz parte de uma iniciativa dos militantes do MST, em articulação com outras entidades dentro do campo político, de socializar a experiência que a Brigada Internacionalista Samora Machel tem realizado na África, a partir da fala da companheira Joana, que é uma das pessoas que contribui com a tarefa da solidariedade aos povos que fazem o enfrentamento ao capitalismo. A partir do entendimento de que o capitalismo é um modelo global e se articula a partir das especificidades das realidades, mas sempre a partir dos mesmos elementos, como a exploração da classe trabalhadora para a acumulação de riqueza”, explicou Luiz Fernando, militante do MST.

A atividade aconteceu em Aracaju (SE) / Foto: Luiz Fernando

A professora Joana Vilar trouxe as vivências na Zâmbia por meio de sua atuação na Brigada Internacionalista Samora Machel, atuando junto aos setores ligados às mulheres do campo, agricultura e meio ambiente. “Essa roda de conversa foi uma oportunidade bem bacana  de trazer essa experiência do MST com as brigadas internacionais, e a importância de falar sobre esse trabalho num espaço como esse, socializando essas experiências, pois precisamos encontrar espaços para conversar, trocar ideia, frente ao período difícil que estamos vivendo politicamente”, afirmou.

Já no caso da professora Yérsia, a troca de conversa partiu de suas experiências e pesquisas vinculadas ao Projeto Kadila – Culturas e Ambientes e sua vivência em Angola.  “Esses espaços são fundamentais, na perspectiva de trazer outras reflexões e outros debates pra temas que acabam sendo de fundamental importância para as discussões que nós fazemos aqui no Brasil, além de contribuir para outras possibilidades de olhares em outros lugares, nesse caso um olhar mais detalhado sobre o continente africano, especificamente em Angola e Zâmbia. Fiquei muito satisfeita e feliz com o convite feito pelo MST de Sergipe e espero ter contribuído com o fomento de discussões fundamentais, como a questão do gênero, neste momento”, destacou.

A atividade foi realizada na cidade de Aracaju, na Sede Cultural do Sindicato dos Judiciários de Sergipe (Sindjus), e contou com o apoio da organização não governamental (ONG) Casa de Mar, do Coletivo de Estudantes Negras e Negros da Universidade Federal de Sergipe – Beatriz Nascimento, e participação de militantes e sociedade civil de modo geral.

Editado por Yuri Simeon