Mulheres do MST realizam atividades nos Armazéns do Campo, rumo ao Encontro Nacional
Por Solange Engelmann
Da Página do MST
A previsão é que mais de três mil mulheres de assentamentos e acampamentos de todo país, participem do Iº Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra, em março. Com cantorias populares, comida saudável da roça e venda de produtos da Reforma Agrária, as trabalhadoras do MST realizaram nesta quarta-feira (12), a noite das Mulheres Sem Terra no Armazém do Campo, na Alameda Eduardo Prado, 499, Campos Elíseos, em São Paulo.
A noite aconteceu em solidariedade à realização do primeiro Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra, previsto para acontecer entre 5 e 9 de março de 2020, em Brasília. Os fundos arrecadados serão destinados à realização do encontro.
Conforme a integrante do setor de cultura do MST, Ana Chã, o momento é de ampliar a campanha de arrecadação para o Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra, por meio da solidariedade e fortalecimento das mulheres do campo, na luta pela Reforma Agrária Popular e resistência às políticas de criminalização e ataque aos trabalhadores, do governo atual.
“É tempo de solidariedade, de nos fortalecermos e caminharmos lado a lado. Embaladas pelo sentimento e pela disposição de semear a resistência ativa, a alegria e a rebeldia das mulheres camponesas”, pontua Ana.
Com o lema “sem feminismo não há agroecologia”, por meio de ações e atividades nos Armazéns do Campo, o MST busca demonstrar à sociedade a importância do feminismo e da agroecologia, como algo estratégico e com o protagonismo das mulheres na condução do movimento, explica a coordenadora cultural do Armazém do Campo de Recife, Rosa Amorim.
Nos estados as camponesas estão realizando atividades de preparação, com formação, debates e vendas de produtos nos Armazéns do Campo, com arrecadação de fundos para a atividade.
Rosa conta que o Armazém do Campo de Recife realiza até o mês de março atividades culturais, debates, lançamentos de livros, entre outras atividades com a representatividade e o protagonismo das mulheres do campo e cidade. “Rumo ao mês da resistência feminista a gente está pensando em uma série de atividades na perspectiva das mulheres. No samba da classe trabalhadora que acontece todos os sábados, vamos fazer um samba das mulheres e rodas de debates, para debater o tema do feminismo e agroecologia, feminismo e resistência”.
Para as camponesas Sem Terra, o apoio às atividades de preparação ao Encontro Nacional nos estados e regiões é fundamental na construção de espaços históricos na luta das Mulheres Sem Terra, “que trabalham por uma produção de alimentos saudáveis, pela educação e igualdade de direitos!”, afirmam.
Além de São Paulo e Recife (PE), as atividades culturais com venda de comida saudável e produtos da Reforma Agrária estão previstos para ocorrer no Armazém do Campo, em Belo Horizonte, no próximo dia 16/02 e em outros estados até o mês de março.