Movimentos sociais se manifestam na Avenida Paulista em apoio aos petroleiros
Por Igor Carvalho
Brasil de Fato/São Paulo
Na noite desta quinta-feira (20), os petroleiros receberam o apoio de diversos movimentos sociais em um ato unificado na avenida Paulista, região central de São Paulo (SP).
“Estamos aqui, resistindo com os companheiros petroleiros contra o neoliberalismo e esse governo que quer entregar nossas riquezas”, afirmou Raimundo Bomfim, coordenador da Central dos Movimentos Populares.
Duas mil pessoas participaram da manifestação, de acordo com a organização do ato, convocado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Os manifestantes saíram do Museu de arte de São Paulo (Masp) e marcharam até o número 500 da avenida Paulista, onde funcionava uma sede da Petrobras.
Bomfim celebrou, ainda, a repercussão da paralisação de 20 dias dos petroleiros. “Não é à toa que o governo e a direção da empresa chamaram o sindicato para negociar, foram 20 dias de enfrentamento ao governo e à mídia, que querem a privatização da Petrobras.”
Alexandre Castilho, diretor do Sindicato dos Petroleiros Unificado do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP), comentou o apoio. “Apesar do boicote de grande parte da mídia, a nossa paralisação ganhou adesão da sociedade, chegou às redes sociais e obrigou a imprensa a cobrir nossa movimentação. É importante todo apoio dos movimentos que estão aqui, mostra que a defesa da Petrobras é amplo e interessa a toda classe trabalhadora”, encerra.
Paralisação
No 19º dia da greve, os trabalhadores da Petrobras aprovaram a suspensão provisória da greve após reunião do conselho deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) na última quarta-feira (19).
O indicativo de interrupção é motivado pela abertura de diálogo da empresa com os trabalhadores e precisa ser votado em assembleias na base, que começaram nesta quinta-feira (20) e devem continuar durante a sexta-feira (21).
Confira mais imagens da Mobilização em São Paulo (SP) em defesa do caráter público da Petrobras – Créditos: Elineudo Meira.
Edição: Rodrigo Chagas/Brasil de Fato