Fórum em Defesa da Soberania Alimentar e movimentos sociais se unem na luta contra a fome em Pelotas

Mais de 40 entidades arrecadam alimentos para pessoas que estão em vulnerabilidade devido ao Coronavírus
Leite em pó Terra Livre. Produção da Reforma Agrária
Foto Tiago Giannichini

Por Maiara Rauber
Da Página do MST

Os gaúchos mostram que a solidariedade está no seu sangue. Na luta contra o Coronavírus, mais uma campanha para combater a fome foi organizada. O Fórum em Defesa da Soberania Alimentar juntamente com sindicatos, movimentos sociais e organizações de Pelotas, na região Sul, do Rio Grande do Sul, pedem que à população e entidades doem recursos para a compra de alimentos essenciais.

Segundo o Fórum a meta inicial é realizar a compra de mil litros de leite diretamente da agricultura familiar para que estas garantam seu trabalho. Esse leite é produzido por famílias cooperadas a Terra Livre e a Cooperativa de Agropecuária Vista Alegre, vinculadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A partir disso, as arrecadações serão destinadas à população em vulnerabilidade social da cidade.

Essa campanha vem de um processo tradicional dos movimentos populares de Pelotas que fazem a compra direta de produtos dos movimentos sociais e pequenos agricultores. Isso vêm de encontro com a constante luta pela garantia da soberania alimentar no campo e na cidade.

Conforme os organizadores, essas ações não vão parar. Com a difusão e ampliação dessa campanha, serão inseridos para doação outros itens básicos de consumo familiar.

A solidariedade dos movimentos sociais também é o que fortalece a compra direta e gera renda à agricultura familiar. O intuito dessas atitudes, conforme os organizadores da campanha, é estimular a política pública, embora esse seja papel do estado.

Por isso o grupo reivindica que governo gaúcho adquira produtos de cooperativas da agricultura familiar e da Reforma Agrária, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), na modalidade Compra Direta.

Solicitam ainda, que o Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), e da Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (SSAN), sejam entendidos e atendidos pelos governos nas esferas federal, estadual e municipal com a devida importância no âmbito das políticas públicas que atendem a população brasileira.

Editado por Maura Silva