MST produz marmitas com alimentos agroecológicos para população de rua em Curitiba

Ação integra campanha de doações feita pelo Movimento Nacional da População de Rua e pelo Projeto Mãos Invisíveis
Alimentos das marmitas são de produções de assentamentos e acampamentos do Paraná. Fotos: Giorgia Prates

Por Lia Bianchini |Brasil de Fato Paraná
Da Página do MST

Todas as quartas-feiras, cerca de 500 marmitas produzidas com alimentos agroecológicos são entregues a pessoas em situação de rua na região central de Curitiba. As marmitas são produzidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com alimentos vindos das produções de assentamentos e acampamentos do Paraná.

As marmitas com alimentos agroecológicos começaram a ser produzidas no final de abril e permanecerão, a princípio, durante todo o mês de maio. Fotos: Giorgia Prates

A ação do MST soma-se à entrega de marmitas que já é feita pelo Movimento Nacional da População de Rua (MNPR) e pelo Projeto Mãos Invisíveis. Além da produção feita pelo MST, nos outros dias da semana são produzidas cerca de 300 marmitas na cozinha do Sindicato dos Correios, preparadas por militantes dos movimentos e por pessoas voluntárias.

Integrante do MST, Mirele Gonçalves explica que o Movimento se uniu à campanha voltada para a população em situação de rua desde o início de abril. As marmitas com alimentos agroecológicos, no entanto, começaram a ser produzidas no final de abril e permanecerão, a princípio, durante todo o mês de maio, podendo se estender. “A prioridade é cuidar da vida humana como um todo, poder ajudar as pessoas a sobreviver, ter o mínimo de alimentação”, diz Mirele.

Preparação das marmitas com alimentos saudáveis. Fotos: Giorgia Prates

A militante conta ainda que a ação do MST tem o intuito de ampliar a visibilidade das pessoas em situação de rua neste momento de pandemia de coronavírus. “Curitiba tem esse histórico de ser uma cidade muito elitizada e ter essa propaganda de que é uma cidade modelo. Então, a gente achou importante mostrar que, sim, [a população em situação de rua] existe e, sim, precisa de política pública para ter seus direitos garantidos”, afirma.

*Editado por Fernanda Alcântara