Conheça as Mulheres Sem Terra que lutam contra os vírus e as violências

Perfil de uma mulher negra do extremo sul baiano, Renata Nascimento, do coletivo de comunicação da brigada do MST Aloísio Alexandre
Renata Nascimento. Foto: Arquivo pessoal

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Renata Nascimento, atualmente com 23 anos, nasceu em Salvador, na Bahia, se mudando com a sua família para a região extremo sul do estado aos 6 anos de idade. Com a sua chegada na região, adentrou a área Zumbi dos Palmares no município de Mucuri, na época ainda acampamento.

Antes de ser acampada morou com a sua família na zona urbana, migrando para área de reforma agrária em meados de 2002. A origem camponesa de seus pais e o desejo de ter autonomia financeira foram as motivações para o primeiro passo na busca do sonho de conquistar um pedaço de terra, realizado anos depois.

Já acampada na área de Zumbi dos Palmares com sua família, Renata participou de diversas ações do MST, entre elas ocupações, marchas, mobilizações, encontros e tantas atividades de luta que são representados pela bandeira vermelha. Recebeu, mais tarde a tarefa, de coordenar o coletivo de Juventude da sua brigada, estando linha de frente, juntamente com tantos outros jovens, e protagonizando inúmeras ações.

Além de militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Renata milita em defesa dos direitos das mulheres, e principalmente mulheres negras, abraçando e erguendo a bandeira feminista. A lutadora é simpatizante das causas LGBTs, participando de debates, conversas, palestras e atos em defesa da liberdade.

Em seus momentos de descontração, Renata dedica o seu tempo à leitura e é apaixonada pela área da psicologia, curso que almeja realizar futuramente.

A militante sonha com um mundo socialista com equidade. “Quero ajudar na construção de um mundo onde meus sobrinhos não sofrem discriminação por sua pele negra”, diz Renata.

Atualmente, estuda na área da agroecologia, escolhendo esse curso por amor à vida, à saúde, às pessoas e por acreditar que a produção sustentável é a saída para um mundo mais justo.

Hoje em dia Renata contribui no coletivo de Juventude e comunicação da brigada Aloísio Alexandre, e se considera extrovertida e comunicativa. A ansiedade, também, é um traço significativo na sua personalidade. A força e a garra que hoje possui foram frutos de batalhas que já foram e ainda estão sendo traçadas.

*Editado por Fernanda Alcântara