Acampamento Campo e Cidade Paulo Botelho sofre incêndio

Acampados desconfiam de mais um incêndio criminoso

Foto: Coletivo de Comunicação do MST em Ribeirão Preto

Por Leandro Moretti
Da Página do MST

Nesta quinta-feira (13), o acampamento Campo e Cidade Paulo Botelho sofreu um incêndio. De acordo com os primeiros relatos na área, o fogo pode ter aparecido mais uma vez na beira do Córrego do Feijão.

Caminhões pipa da Prefeitura Municipal de Jardinópolis, em São Paulo, e a militância da UMM (União dos Movimentos de Moradia) e do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) foram chamados pela direção do acampamento para ajudarem na contenção do fogo. Mesmo com todo o esforço, este se alastrou e queimou alguns barracos.

Em ofício publicado no último dia 16 de junho, o CONDEPE (Conselho Estadual de Defesa da Pessoa Humana) denunciou o incêndio criminoso ocorrido no último dia 28 de abril no acampamento. Pela forma de onde surgiu o fogo, pelo horário em que surgiu, os acampados dos dois movimentos que ocupam a área desconfiam de que este incêndio também tenham sido provocado por quem tem interesse na área.

Entenda o caso


Desde o dia 9 de março, as famílias do MST e da UMM ocupam a área da antiga RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.), hoje administrada pela SPU (Secretaria do Patrimônio da União), município de Jardinópolis.
Antes da ocupação, o local era utilizado ilegalmente por empresas para a produção de cana-de-açúcar e como lixão de rejeitos agroindustriais. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra exige há anos que esta terra e outras pertencentes à SPU sejam destinadas para fins de Reforma Agrária.

*Editado por Fernanda Alcântara