Manifesto popular contra a fome será lançado em ato nacional nesta sexta (16)

Com a presença de Lula, ato vai lançar documento assinado por organizações do campo e da cidade em denúncia ao governo Bolsonaro e com propostas em defesa do povo brasileiro
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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente do Brasil, estará presente no ato, que também contará com a participação do escritor Leonardo Boff e do ator Paulo Betti

Por Janelson Ferreira
Da Página do MST

Nesta sexta-feira, 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, às 14 horas, acontece o Ato Nacional Contra a Fome: por mais comida saudável e renda para o povo se alimentar, com o lançamento do Manifesto Popular contra a fome e pelo direito de se alimentar bem

O ato acontece de forma virtual e será transmitido por diversas páginas dos movimentos do campo e da cidade, como o Facebook da ViaCampesinaBr. Entre os participantes convidados, estão o ex-presidente Lula, e representantes da FAO, Campanha Periferia Viva, CONSEA, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, La Via Campesina (Cloc), Plataforma Operária e Camponesa, Campanha Renda Básica Emergencial, Via Campesina, CNBB, Campanha Vamos Precisar de Todo Mundo (CMP), Campo Unitário (Contag).

Com o documento, que está aberto a novas adesões, o conjunto de organizações também reforça na sociedade a importância da luta Internacional de Ação pela Soberania Alimentar dos Povos e Contra as Corporações Transnacionais.

Durante o ato desta sexta, o manifesto terá leitura coletiva realizada por artistas e intelectuais como Leonardo Boff e Paulo Betti. No documento, os movimentos e organizações pontuam questões como os vetos criminosos do governo Bolsonaro à Lei Assis Carvalho (PL 735), que previa apoio à produção de alimentos pela agricultura familiar e camponesa, a falta de controle de estoques reguladores, o Plano Safra destinado apenas ao agronegócio e a devastação dos biomas em incêndios provocados pelo modelo do capital.  

O manifesto também reforça a preocupação com o empobrecimento do povo brasileiro: “esse é o quadro que coloca os mais pobres de volta à fome e também traz problemas para os setores médios, pois o preço dos alimentos tem aumentado de forma assustadora, já que o agronegócio produz commodities, os supermercados especulam com a fome e as empresas promovem o uso de comidas artificiais que só deixam a população adoecida.”

O ato nacional desta sexta (16) faz parte da Jornada Nacional de Luta Contra a Fome: por mais comida saudável e renda para o povo se alimentar, que vem acontecendo desde o início da semana. A Jornada tem ações simbólicas presenciais, atos, articulações online como tuitaços e lives, com os movimentos e organizações do campo, a partir das suas ações territoriais, estaduais e nacionais. 

O objetivo da Jornada é denunciar o descaso criminoso do governo Bolsonaro com a fome que se alastra pelo país, exigindo a permanência do auxílio emergencial de 600 reais e dialogando com a sociedade brasileira sobre a importância da soberania alimentar, da produção de alimentos saudáveis e dos investimentos na agricultura familiar e camponesa. 

Solidariedade da classe trabalhadora

O sábado (17), dia de encerramento da Jornada, será marcado por ações de solidariedade da classe trabalhadora nos bairros, comunidades, periferias e territórios com panelaços nos supermercados, assembléias populares, feiras, doações de alimentos e outras ações em todo o território brasileiro.

Mais informações:

  • Anderson Amaro (Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) – Via Campesina: (77) 98824-4006
  • Noeli Taborda (Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) – Via Campesina: (49) 99131-1980

*Editado por Ludmilla Balduino