MST e MAM repudiam atitude de vereador que votou contra lei do Patrimônio Hídrico em MG
Por MST e MAM
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento Pela Soberania Popular na Mineração (MAM) vêm por meio desta repudiar veementemente a atitude indecorosa e torpe do vereador Xereba nesta segunda-feira, 09/11, na Câmara Municipal de Visconde do Rio Branco (MG). Na ocasião, a casa tentava votar o Projeto de Lei que institui o patrimônio hídrico das regiões montanhosas da cidade, ameaçado por um projeto de mineração.
Durante a votação, o PL encontrou uma barreira promovida pelos vereadores Xereba, Marinho e Sérginho Braga, que se recusaram a votar. Não bastasse a estranha atitude de bloquear uma proposta tão fundamental para os cidadãos de Visconde, o vereador Xereba agrediu verbalmente os militantes dos movimentos sociais e algumas pessoas que acompanhavam a votação. Além disso, desacatou de forma machista a presidenta da casa, única mulher do parlamento.
O projeto da empresa Zona da Mata Mineração (ZMM) prevê explorar o minério magnetita em Piedade e Santa Maria, local onde nascem as águas que abastecem a cidade. Na região da Zona da Mata, as empresas de extração mineral já causaram graves problemas, como o rompimento de minerioduto, poluição, ameaça às famílias das comunidades rurais, entre outros, à exemplo da cidade de Teixeiras.
Diante dos graves crimes ambientais causados pelas empresas de mineração no Brasil, cabe à população e às organizações de Visconde do Rio Branco proteger seu território. Lembramos que o crime da Vale, que devastou o Rio Doce completou 5 anos na última semana e as famílias que perderam seus amigos, parentes e a própria história, ainda lutam pela justa reparação.
Conclamamos a população de Visconde do Rio Branco para somar forças, garantir que a Lei seja aprovada e a mineração fique longe das nossas águas, patrimônio vital para toda população do município. A votação foi remarcada para esta quarta-feira, 11/11, na Câmara de vereadores.