MST repudia a violência policial contra Jovem Sem Terra da Zona da Mata Mineira

Carta aberta do Movimento Sem Terra em denúncia de violência policial em Minas Gerais

Violência policial contra Sem Terra. Foto: MST/MG

Da Página do MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra da Zona da Mata de MG vem a público manifestar total REPÚDIO à violência policial contra o jovem A.S.C, no dia 10 de janeiro de 2021. O jovem pilotava uma moto no entorno da área de assentamento Olga Benário, município de Visconde do Rio Branco. Ele fugiu da abordagem porque estava sem carteira, foi covardemente perseguido e espancado, ficando com hematomas no rosto, escoriações nos ombros e costas, além de uma fratura facial, como consta em laudo médico. A situação configura uma infração de trânsito grave, o que de forma alguma justifica a ação violenta praticada contra o jovem Sem Terra, atacado física e psicologicamente.

A forma que a polícia militar atua junto à juventude pobre, negra e parda vem sendo cada vez mais brutal, visto que a crueldade é estimulada pelo próprio viés fascista do presidente Bolsonaro com a atuação genocida das políticas federais, na qual promover a morte é a regra. Segundo o Atlas da Violência (ANO), 75% das vítimas de homicídio no país são negras. Para o Estado, quem vive às margens do capital deve ser pisoteado, humilhado e exterminado. Da mesma forma, é desumano treinar policiais para serem agressores e reproduzir até hoje às práticas da ditadura. A polícia militar precisa ser desmilitarizada e treinada para atuar pelo bem estar dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras.

Diante disso o MST exige uma ação de abertura de inquérito criminal contra os policiais citados e o afastamento imediato dos mesmos.

Direção Estadual do MST-MG