Educação

MST manifesta solidariedade aos trabalhadores da educação em Atalaia (AL)

Trabalhadoras e trabalhadores do município mais uma vez são covardemente atacados na retirada de direitos

Crianças e educadores do Movimento dos Sem Terra (MST) em manifestação realizada em Brasília, em 2012. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Página do MST

Por mais uma vez os trabalhadores e trabalhadoras da educação do município de Atalaia, na Zona da Mata de Alagoas, sofrem um ataque em sua história de luta e resistência na cidade. Em nota, o MST manifesta apoio e solidariedade aos trabalhadores que, nos últimos meses, vivenciou cortes de direitos assegurados no Plano de Cargos e Carreiras, até o não pagamento dos trabalhadores e trabalhadoras aposentados.

“Não podemos nos calar diante de injustiças cometidas contra o nosso povo. Não podemos aceitar que encenações e uma nova maquiagem coloquem cortinas de fumaça para encobrir a reprodução da velha política que sempre explorou, enganou e usurpou o nosso povo”, destaca trecho da nota.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE AOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS EM EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ATALAIA – ALAGOAS

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, vem por meio desta, reafirmar o apoio e solidariedade aos/as trabalhadores/as da educação do município de Atalaia, Alagoas; que mais uma vez são covardemente atacados, na retirada de direitos.

 A nova gestão do município, comandada pela prefeita Ceci Rocha (PSC), em menos de dois meses, de forma arrogante, retirou direitos adquiridos e garantidos constitucionalmente. Os cortes atingem direitos que vão de complementação de carga horária, asseguradas pelo Plano de Cargos e Carreiras do município, até o não pagamento do mês de dezembro aos aposentados/as da educação.

Tais medidas em nada se parecem com as promessas de campanha, da mudança para melhorar a vida da cidade e do nosso povo.

Tais medidas apenas reafirmam um traço secular das elites que se apropriam da coisa pública, bem do povo, e passam a tê-la como propriedade particular ao seu dispor.

Tais medidas nos dizem que quem a faz, nunca precisou do salário ao final do mês para pagar suas contas e suprir as mais básicas necessidades que as pessoas têm – comprar alimentos, comprar remédios… sobreviver! Os servidores, em maioria absoluta, com salários muito aquém das suas necessidades e da importante função, que é educar e formar crianças e jovens e adultos, são atacados pela nova gestão.

Aprendemos em nossa história que QUEM LUTA, EDUCA, pois expõe os problemas que não são mostrados por quem nunca viveu na pele as reais necessidades e faltas dos trabalhadores/as.

Não podemos nos calar diante de injustiças cometidas contra o nosso povo. Não podemos aceitar que encenações e uma nova maquiagem coloquem cortinas de fumaça para encobrir a reprodução da velha política que sempre explorou, enganou e usurpou o nosso povo.

Aos/as trabalhadores/as em educação, saibam que estamos a disposição para ocuparmos às ruas, se necessário for, para garantir  direitos.

Atalaia, 24 de fevereiro de 2021.

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA – MST

*Editado por Fernanda Alcântara