Auxílio Emergencial

5 fatos sobre o Auxílio Emergencial

Entenda a importância da defesa do Auxílio Emergencial para os brasileiros

Da Página do MST*

A alta dos preços dos alimentos, a falta de políticas públicas no campo e a ausência de alternativas para a geração de renda a milhões de trabalhadores informais e desempregados são alguns dos elementos que fundamenta a luta pela volta do Auxílio Emergencial.

A discussão sobre a retomada do auxílio emergencial em 2021 é urgente, principalmente diante avanço do número de casos e mortes por Covid-19 desde o fim do ano passado. A ideia é auxiliar na recuperação da economia e do mercado de trabalho, uma vez que fim do auxílio em dezembro já empurrou mais de 2 milhões de brasileiros à pobreza neste início de ano.

Diante da discussão da ameaça do Plano Mais Brasil (também chamada de PEC Emergencial), que pretende adotar medidas como a redução salarial de servidores, suspensão de concursos e até mesmo a extinção de municípios incapazes de se sustentar financeiramente, o MTD apontou 5 fatos sobre o Auxílio Emergencial para entender a importância

1. Com a pandemia quase 27 milhões de brasileiros foram para a linha da pobreza

A estimativa do Banco Mundial é que cerca de 5,4 milhões de brasileiros atinjam a extrema pobreza, chegando ao total de 14,7 milhões de pessoas até o fim de 2020. Foto: Leonardo de França

A pandemia jogou para a linha da pobreza quase 27 milhões de brasileiros. Com o fim do auxílio emergencial no final do ano, em janeiro 12,8% de pessoas estavam na linha da pobreza, ante os 12,1% de 2011. Os dados da FGV Social, mostram o devastador papel da COVID-19 no País que, também, aumentou as disparidades regionais. (Fonte: IBRE FGV ).

2. Segundo pesquisa Datafolha (agosto de 2020) 53% do beneficiários utilizaram o Auxílio pra comprar comida e 25% para pagar contas.

Arte: Benett

Segundo o instituto, 53% dos ouvidos afirmam ter usado os R$ 600 mensais que receberam com sua alimentação. As prioridades dos brasileiros com esse valor seguem em pagar contas (25%) e custear despesas domésticas (16%). Outras respostas somaram 4%, e 1% dos entrevistados usam o dinheiro para comprar remédios, máscaras ou álcool em gel, itens associados ao combate à pandemia do novo coronavírus.

3. O valor da cesta básica mensal ficou pelo menos 20% mais caro em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo DIEESE ao longo de 2020.

A Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA) é um levantamento contínuo dos preços de um conjunto de produtos alimentícios considerados essenciais. A PNCBA foi implantada em São Paulo em 1959, a partir dos preços coletados para o cálculo do Índice de Custo de Vida (ICV) e, ao longo dos anos, foi ampliada para outras capitais. Hoje, é realizada em 17 Unidades da Federação e permite a comparação de custos dos principais alimentos básicos consumidos pelos brasileiros.

4. Pesquisadores do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades (USP) apontaram em estudo que o Auxílio Emergencial foi responsável por evitar a queda do PIB em até 14,8% no ano passado.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, conversa com jornalistas após visita ao Comando da Aeronáutica,em Brasília

Em meio ao recrudescimento da pandemia, a economia brasileira entrou em 2021 dando sinais de perda de fôlego. Sem o auxílio emergencial para trabalhadores informais, extinto desde dezembro de 2020, uma retração do Produto Interno Bruto (PIB) neste primeiro trimestre já estava no radar. Agora, vem crescendo o número de analistas que esperam queda também no segundo trimestre, configurando o que o mercado chama de “recessão técnica”, quando a economia se contrai por dois trimestres seguidos.

5. Mesmo assim governo Bolsonaro quer cortar da saúde e educação (PEC 186) e pagar só R$250,00 pra população.

Crianças e educadores do Movimento dos Sem Terra (MST) em manifestação realizada em Brasília, em 2012. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A nova etapa do auxílio emergencial, que deve ser oficializada esta semana após uma série de barganhas impostas pelo governo federal, é a última carta na manga do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diante da crise econômica agravada pela pandemia.


QUEREMOS R$600,00 ATÉ O FIM DA PANDEMIA! VOLTA AUXÍLIO EMERGENCIAL!

*Com informações do MTD – Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos