Despejo Não!

Em nota, MST denuncia tentativa de despejo em Goiás

Movimento destaca o papel do acampamento na produção de alimentos saudáveis
A denúncia conclama todos os trabalhadores e trabalhadoras a se somarem na resistência das famílias do acampamento Dom Tomás Balduíno. Foto: Arquivo MST

Da Página do MST

O Movimento Sem Terra divulgou neste sábado (13/3), nota em que denuncia a tentativa de despejo de mais de 300 famílias Sem Terra que vivem no acampamento Dom Tomás Balduíno, em Formosa (GO). Apesar do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ter se comprometido a desapropriar a área em que hoje está o acampamento, o pedido de reintegração de posse foi feito.

Na nota, o Movimento destaca o papel do acampamento na produção de alimentos saudáveis para a região: “Já doaram em torno de 2 toneladas de alimentos em campanhas de solidariedade para trabalhadoras e trabalhadores excluídos da região”, afirma o texto.

Ao final, a denúncia conclama todos os trabalhadores e trabalhadoras a se somarem na resistência das famílias do acampamento Dom Tomás Balduíno e na sensibilização do juiz local, Lucas Siqueira.

Confira a nota na íntegra:

NOTA DO MST DE DENÚNCIA À TENTATIVA DE DESPEJO EM FORMOSA-GO

Na última sexta-feira (12), as 320 famílias que residem no Acampamento DOM TOMÁS BALDUÍNO, localizado no município de Formosa (GO), receberam do Tribunal de Justiça/GO uma Liminar de Reintegração de Posse.

As famílias foram para esta área por definição do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em dezembro de 2015, inclusive com comodato, tendo o próprio órgão como interveniente e a promessa de assentar as famílias. Desde então ali se constituiu em uma comunidade que tem grande produção de alimentos saudáveis, com lavouras diversificadas e criação de animais. Participam ativamente da feira local, com a comercialização de alimentos. Já doaram em torno de 2 toneladas de alimentos em campanhas de solidariedade para trabalhadoras e trabalhadores excluídos da região.

Todos os documentos disponibilizados pelo Incra sobre a área apontam para a viabilidade de desapropriação da fazenda para reforma agrária. Inclusive, o órgão já havia firmado compromisso de adquirir a terra.

Apesar de todos esses elementos e em pleno crescimento dos casos de COVID-19, as famílias foram surpreendidas com essa reintegração.

O MST conclama todos/as os trabalhadores e trabalhadoras que defendem a produção de alimentos saudáveis, a justiça social e os direitos humanos a se somarem na resistência das famílias do acampamento Dom Tomás Balduíno e na sensibilização do juiz local, Lucas Siqueira, para que não seja deferido esse pedido de reintegração de posse.

13 de março de 2021
Direção Estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Goiás