Luta pela Terra

Vitória da classe trabalhadora, mais uma terra conquistada!

Esta semana, a antiga fazenda Bom Jardim, em Minas Gerais, passou legalmente para as mãos dos trabalhadoras e trabalhadores da terra
Comemoração dos 10 anos do acampamento Maria Da Penha, em 2019. Foto: Arquivo MST

Por Matheus Teixeira
Da Página do MST

A antiga fazenda Bom Jardim, localizada no município de Mathias Lobato, no leste mineiro, passa legalmente neste momento para as mãos dos trabalhadores e trabalhadoras que fazem da terra sua fonte de renda com a produção de alimentos saudáveis.

Ao homenagear o protagonismo das mulheres na luta, o acampamento recebe o nome de “Maria Da Penha”, nome de presença forte não só por lembrar a Maria que lutou para que o seu agressor fosse condenado, mas também um nome que é sinônimo de luta, nome de uma companheira que dedicou parte de sua vida na luta pela terra.

A conquista se consolidou no dia 23/03/2021, com a decisão favorável do julgamento do processo envolvendo a agropecuária Adail Batista e Coelho ao, até então, acampamento Maria da Penha, representado na figura do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

“O acampamento Maria da Penha é mais que um sinônimo de luta, é a conquista de vida dessas famílias que resistiram por anos na beira da estrada debaixo da lona preta. É a realização de um sonho, sonhado coletivamente, que se torna realidade. É muito lindo ver o brilho nos olhos dos companheiros quando dizem: Conseguimos”, afirma Antoniel Domingos, da direção estadual do MST.

Sobre os próximos passos, o dirigente destaca: “Seguimos em luta contra essa política de morte do presidente, pelo direito de plantar e colher seu próprio pão, pelo direito a uma alimentação saudável e uma vida digna. Era momento de estarmos fazendo festa, comemorando, mas infelizmente temos que nos conter, sabemos que não é momento de aglomerar e colocar em risco a nossa saúde, é momento de nós mantermos vivos”.

Apesar da conquista recente, o acampamento já conta com coletivos organizados que vem implementando a cultura dos sistemas agroflorestais ( SAF’s), além da comercialização das hortaliças produzidas de forma agroecológicas.

*Editado por Fernanda Alcântara