Internacionalismo

60 Anos da Associação Nacional dos Pequenos Agricultores

ANAP: Organizando o Campesinato e produzindo alimento para o povo Cubano. Uma data para recordar e renovar os compromissos do campesinato Cubano e seguir adiante. ¡Hasta la victoria Siempre!
Entrevista: “Modelo agroecológico cubano poderia salvar o mundo”
Cuba cultiva alimentos mais intensamente e recicla nutrientes através da terra – Foto: TeleSur/Reprodução

Da Página do MST

Neste 17 de maio Cuba celebra o 60º aniversário da Associação Nacional dos Pequenos Agricultores – ANAP, organização campesina que realiza processo de formação política, organiza as cooperativas, a produção de alimentos, construindo experiências na agroecologia e soberania alimentar.

Esta data em Cuba é conhecida como o día do/a Campones/a, por ser uma data histórica que reúne três processos históricos fundamentais para o país: a morte do Mártir das Lutas camponesas Niceto Perez, assassinado em 1946; o Aniversário da proclamação da 1ª lei de Reforma Agrária que completa esse ano 62 anos; e a criação da ANAP. Como disse o Comandante Fidel em 17 de maio de 1974, sem a luta dos Mambises, não haveria sido possível jamais a independência de Cuba, o desenvolvimento da consciência nacional e de pátria, fazer a revolução e construir o Socialismo.

A ANAP como organização de massa assume esse legado camponês de luta, revolução e construção de um projeto socialista onde todos os camponeses tenham terra, produzindo alimento para todo o povo, realizando seu processo de produção e comercialização através das cooperativas, cultivando identidade campesina Cubana.

Muitos desafios históricos tiveram presentes neste caminho, o fato de ser uma ilha com limites climáticos, de solo, a impossibilidade de produzir diversidade durante todo o ano; o bloqueio econômico e político que foi impondo limites ao desenvolvimento estrutural do país; o período especial que trouxe dificuldades com insumos e maquinas agrícolas colocou a demanda de “produzir mais com menos” o que fez ANAP fortalecer as raízes camponesas, a memória e a ideologia, promovendo o desenvolvimento da agroecologia; e o momento atual da pandemia e de crise econômica que tem colocado a ANAP a responder ao novo ordenamento econômico, buscar o fortalecimento das cooperativas em tempos de poucos recursos, o aumento da produção de alimentos com a necessidade da ampliação de produção de bioinsumos,

Reconhecendo esses esforços e a parceria histórica com Movimento Sem Terra, enviamos ao ato de celebração uma homenagem, trazendo depoimentos de dirigentes que relataram contribuições e alianças na área da formação, produção, agroecologia, internacionalismo tão importantes na luta pela Reforma Agrária Popular no Brasil e em muitos lugares do mundo.

Veja o vídeo:

*Editado por Fernanda Alcântara