Solidariedade

No enfrentamento à pandemia, MST doa 10 toneladas de alimentos à população de Belém

A ação faz parte da campanha nacional do Movimento que, desde o ano passado, tem distribuído várias toneladas de alimentos pelo país para combater a fome do povo brasileiro
A doação foi realizada no Dia da Trabalhadora e do Trabalhador Rural e Dia Internacional da Agricultura Familiar. Foto: Setor de Comunicação MST/PA

Por Carlinhos Luz
Da Página do MST

Na manhã deste domingo (25/07), no Dia da Trabalhadora e do Trabalhador Rural e Dia Internacional da Agricultura Familiar, o MST juntamente com a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) realizou mais uma ação de solidariedade na capital paraense e distribuiu cerca de 500 cestas básicas, totalizando 10 toneladas de alimentos.

A SDDH ajuda na campanha e sempre contribui nessas ações de solidariedade ampliando a rede de parceiros do movimento. A ação faz parte da campanha nacional do movimento que, desde o ano passado, tem distribuído várias toneladas de alimentos em vários locais do Brasil, com o objetivo de combater a fome do povo brasileiro provocada, principalmente pela pandemia da Covid-19.

A iniciativa do movimento tem ajudado muitas pessoas que sofrem com a falta de alimentos e com o desemprego brutal que atinge várias famílias em todo o país. Desde o ano passado, com o início da pandemia e o crescimento da miséria vivida no país, o MST, em conjunto com outras entidades, iniciou uma campanha nacional de solidariedade ao povo brasileiro.

Em Belém, no Pará, esta é a quinta vez que o Movimento realiza a ação solidária, em que já foram doados mais de 20 toneladas de alimentos, afirma Jane Cabral, direção nacional do movimento.

Grande parte desses alimentos são produzidos pelas próprias famílias que moram nos acampamentos e assentamentos de Reforma Agrária do MST, e tem o papel de produzir alimentos saudáveis para chegar à mesa do trabalhador e trabalhadora. “Se o governo não faz isso, nós faremos, porque o povo não pode passar fome”, afirma Jane.

Desta vez, os produtos para as cestas básicas foram produzidos e enviado pelos assentamentos Abril Vermelho, no município de Santa Bárbara, Carlos Lamarca, município de Capitão Poço, Luis Carlos Prestes e o acampamento Carlos Marighella, ambos no município de Irituia.

Renata Teylor, coordenadora do grupo de travestis e transexuais da Amazônia, que recebeu a doação ressaltou que a iniciativa fortalece a solidariedade entre a sociedade. Foto: Setor de Comunicação MST/PA

Farinha de mandioca, macaxeira, laranja, abóbora, banana, feijão e goma de tapioca, foram um dos vários itens que enriqueceram as cestas básicas doadas à população da capital paraense. As doações foram realizadas para comunidades de catadores e catadoras de lixo, moradores dos bairros da Marambaia e Terra Firme, estudantes indígenas e população LGBTQI+.

Para Renata Teylor, 52 anos, coordenadora do grupo de travestis e transexuais da Amazônia, a iniciativa do MST e SDDH é de muita importância e fortalece a solidariedade entre a sociedade. “Quero parabenizar o movimento que, apesar de ser duramente perseguido, mostra para a população que sempre está ao lado dos mais carentes e produz alimentos para atender as necessidades do povo”.

Foto: Setor de Comunicação MST/PA

Vivi Arapaso, da região do Rio Negro e estudante indígena do curso de Administração da Universidade Federal do Pará (UFPA) reconhece a luta do movimento e a solidariedade com o povo brasileiro. “A luta do movimento também é nossa luta. A solidariedade entre os povos é de suma importância e o MST nos mostra que com essas atitudes podemos construir uma nova sociedade, mais justa e digna”.

Um dos objetivos do movimento é fortalecer a produção Sem Terra com a construção do Armazém do Campo em Belém, espaço para a comercialização dos produtos da Reforma Agrária e, assim, fazer com que a comida chegue mais próxima à mesa do povo.

“O MST continuará com as ações de solidariedade ao povo brasileiro, porque o Brasil não pode passar fome e o acesso à alimentação é um direito básico e tem que ser garantido,” conclui Jane Cabral.

*Editado por Solange Engelmann