Famílias Sem Terra recebem mapa de lotes na Bahia
Por Setor de Comunicação MST/BA
Da Página do MST
No mês de março de 2010, cerca de 50 famílias rompiam as cercas de mais um latifúndio improdutivo no extremo sul da Bahia, a antiga fazenda Olho D’água, localizada na zona rural do município de Guaratinga. No último sábado (21), 11 anos depois, as famílias que persistiram na luta receberam os mapas dos lotes.
O ato aconteceu no galpão de evento do Acampamento Nazaré (que leva o nome em homenagem ao companheiro sempre presente nas lutas e na defesa da Reforma Agrária na região) e contou com a presença da articuladora estadual do MST no extremo sul da Bahia, Eliane Oliveira, de membros da direção estadual e regional e articuladores políticos das Brigadas Che, Rosemary Lisboa e Bitinho, além da coordenação e equipe técnica do Projeto de Assentamento Agroecológico Fidel Castro e lideranças políticas da região como Ghandi e Leleu da Sacaria.
O evento teve início às 10h da manhã, com mística, ato político e entrega dos mapas às famílias, encerrando com o almoço coletivo. A equipe de trabalho e convidados seguiram todos os protocolos e orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), com uso de máscara, álcool e distanciamento social.
Para Eliane Oliveira, a entrega destes mapas é uma decisão política do MST para que as famílias continuem produzindo alimentos saudáveis dentro dos princípios da agroecologia, “sabemos que a atual conjuntura não nos favorece, tendo em vista a negação de direitos e retrocessos na política de reforma agrária, por isso, celebrar mais uma conquista renova o desejo de continuar lutando e tendo a agroecologia como caminho para construção de uma sociedade mais justa e igualitária”.
“A conquista de um pedaço de chão é a realização de um sonho, onde podemos plantar, colher a nossa alimentação e levar para a mesa da população um alimento saudável. Lutamos por essa conquista, pois a terra é para quem nela trabalha”, finaliza.
*Editado por Maria Silva