Solidariedade

Militantes de organizações camponesas realizam doação de sangue em Aracaju

Ação faz parte de uma campanha de doação de sangue que mobiliza assentamentos, acampamentos e trabalhadores urbanos do estado, e se soma a outras ações de solidariedade
A doação de sangue faz parte de uma campanha que mobiliza assentamentos, acampamentos e trabalhadores urbanos do estado. Foto: MST SE

Por Luiz Fernando
Da Página do MST

Nesta segunda-feira (13/09), cerca de 60 camponeses do MST, Movimento Camponês Popular (MCP), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), e o Movimento dos Trabalhados Sem Teto (MTST), realizaram de forma coletiva uma doação de sangue Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), na capital Aracaju.

A ação faz parte de uma campanha de doação de sangue que está mobilizando assentamentos, acampamentos e trabalhadores urbanos do estado, e se soma a outras ações de solidariedade que vem sendo organizada especialmente neste tempo de acirramento das desigualdades causadas pela Covid-19. 

Doar sangue é uma prática do MST como um ato para salvar vidas, pontua Ramos. Foto: MST SE

A data também é simbólica, pois marca a data de falecimento do lutador, José Alberto, mais conhecido por Careca. Os movimentos fazem o resgate de seu legado em um ato de amor, e pela vida, uma homenagem a um companheiro que dedicou sua vida à luta por justiça social.

De acordo com o Hemose, a média de doações de sangue por dia está entre 50 e 70 e normalmente só ultrapassa esse quantitativo quando há campanhas com grupos fidelizados e coletas externas. A situação é preocupante, uma vez que o quantitativo recomendável é de 120 a 150 doações ao dia.

Para Ramos, da Direção do MST doar sangue é uma prática do Movimento como um ato para salvar vidas e enfatiza “esta ação é simbólica para o MST, numa realidade em que o sangue dos trabalhadores do campo muitas vezes é derramado, injustamente pelas mãos sujas do latifúndio hoje está sendo doado a quem mais precisa. Mas hoje estamos aqui salvando vidas e provando que não somos o que dizem,” afirma o dirigente.

*Editado por Solange Engelmann