Sem Terrinha

Sem Terrinha Cultivando Solidariedade e o legado de Paulo Freire

Em todo o Brasil nas áreas de assentamentos e acampamentos, idosos, adultos, jovens e crianças comemoram o centenário de Paulo Freire.
Crianças Sem Terrinha da Escola Estadual do assentamento Aruega MG aprendendo sobre o Legado de Paulo Freire. Foto: Acervo MST

Por Maiara Rauber
Da Página do MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra traz os ensinamentos do pensador para todos os espaços, principalmente nas salas de aulas das escolas do campo. Para marcar o mês das crianças, o MST conversou com alguns Sem Terrinha sobre como está sendo a experiência ao aprender com os livros e ensinamentos do pedagogo.

Sofia Rozeno Monteiro, de 12 anos, mora em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, Minas Gerais, e ela dá seu relato. “A importância de Paulo Freire pra mim é porque ele não desistiu dos oprimidos e os incentivou a conquistar a própria libertação e a conquistar seus direitos”, pontua a educanda. 

Ela também fala sobre as atividades realizadas na sua escola. Neste ano ela e seus colegas realizaram um festival de arte e literatura sobre Paulo Freire a partir da leitura de um de seus mais conhecidos livros ‘O menino que lia o mundo’. “Também estamos desenvolvendo atividades, poesias, escrevendo cartas e desenhos”, conta Sofia. 

Além disso, Sofia relata que, juntamente com o seu assentamento, desenvolveu e participou de doações de alimentos, mudas e plantios de árvores. A solidariedade nasce no exemplo que os adultos dão às suas crianças. 

Já a Sem Terrinha Eduarda Prates Pianissola, de 12 anos, residente no assentamento Bela Vista, em Itamaraju, Bahia, também fala o que a marcou sobre os ensinamentos de Freire, que foram apresentados a ela tanto em sala de aula quanto na comunidade. “Ele sempre defendia a liberdade do aluno, que todo aluno tem conhecimento, e que cada um traz consigo uma bagagem”, destaca. 

As crianças na Bahia, assim como Sofia, têm se envolvido em atividades solidárias, de acordo com Eduarda. “Eu tenho trabalhado na arrecadação de alimentos para ajudar famílias carentes e na doação de produtos orgânicos” descreve a educanda. Ela ainda mencionou que nas atividades em que se envolveu também estão o plantio de árvores e a recuperação de nascentes. 

*Editado por Fernanda Alcântara