Natal Sem Fome

Campanha Natal Sem Fome do MST beneficiará comunidades indígenas e periféricas

Neste 10 de dezembro, marco internacional dos Direitos Humanos, MST divulga a programação de doações de alimentos, reafirmando que se alimentar é um direito fundamental

Por Lays Furtado
Da Página do MST

Considerando que 5 em cada 10 lares brasileiros passam fome ou não têm comida garantida na mesa, o MST lança nesta sexta a programação de doações da campanha “Natal Sem Fome: Cultivando Solidariedade para Alimentar o Povo”, que se desenvolverá entre os dias 10 de dezembro de 2021 a 06 de janeiro de 2022.

Dessa forma, no marco do dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra reafirma a solidariedade como princípio de classe e valor indispensável para a construção da Reforma Agrária Popular e soberania alimentar.

“Há 72 anos passados, as organizações de todo o mundo declararam esse dia, como o dia de luta pelos direitos humanos. Agora, tem coisa mais fundamental para o ser humano do que o alimento? É disso que nós estamos falando, por isso o MST, a CUT, intelectuais, professores estão mobilizados nessa campanha do Natal Sem Fome” declarou o dirigente nacional do Movimento, João Pedro Stédile, convocando as pessoas para celebrar essa data prestando solidariedade à quem tem fome.

É por esta razão que, desde o início da pandemia, o MST já doou mais de 1 milhão de marmitas e mais de 5 mil toneladas de alimentos. E este ano, mais do que nunca, o Movimento tem unificado forças populares em um pacto nacional contra a fome para garantir alimentos que farão parte da ceia natalina de quem mais precisa, nesse momento de crise em que o Brasil se encontra.

Com a mobilização das famílias camponesas Sem Terra, amigas e amigos do Movimento e todo o conjunto da sociedade, vamos levar cestas de alimentos produzidos em acampamentos e assentamentos do MST, para esperançar um Natal Solidário de milhares de famílias em todas as regiões do país.

Cultivando solidariedade em todas as grandes regiões do Brasil

Foto: Joka Madruga

No Sudeste do país, Rio de Janeiro, os povos tradicionais da aldeia Guarani em Maricá serão beneficiados pela ação solidária. Ainda haverá distribuição de marmitas e das cestas nas comunidades da Rocinha, Cerro Cora, Jacarezinho, Manguinhos, Cidade de Deus e Campos de Goytacazes. Em São Paulo, haverá distribuição de marmitas solidárias em diversos pontos, além de uma ceia popular natalina.

Na Região Centro-Oeste brasileira, entre as comunidades que receberão as cestas de alimentos, já confirmadas estão os povos Terena e Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul. Em Brasília, no Distrito Federal, serão distribuídas marmitas e cestas de alimentos. Em Minas Gerais, haverá doações que também estão sendo recolhidas por meio da rede de Armazéns do Campo, na capital, Belo Horizonte; e nas cidades interioranas de Almenara, Uberlândia e Teófilo Otoni.

Na Região Sul do Brasil, haverá doações em 8 regiões do Paraná, no interior e na capital, com cestas e marmitas, com a expectativa de distribuir 95 toneladas de alimentos. No Rio Grande do Sul se espera doar cerca de 40 toneladas de alimentos, incluindo doações para 38 cozinhas comunitárias na região metropolitana do estado; em outras regiões gaúchas haverá doações em Cruz Alta, em Santana do Livramento, Palmeira das Missões, Pelotas e São José do Norte. Em Santa Catarina, a programação de entrega dos alimentos acontecerá em Chapecó e municípios da região de Lajes.

No Nordeste, no Ceará, as doações ocorrem na capital, Fortaleza. No estado potiguar do Rio Grande do Norte as doações de alimentos serão dirigidas para um abrigo no município de Ceará-Mirim, além das doações de alimentos para comunidade no interior. Em  Pernambuco, se espera que as 19 regionais do MST no estado possam realizar doações de seus quintais produtivos e “roçados solidários”. Em Alagoas, haverá doações de marmitas na capital e interior do estado. Na Bahia estão sendo programadas a distribuição de alimentos em todas as regiões do estado. No estado de Sergipe também haverá doações. Somente no Maranhão se estima a destinação de 16 mil cestas para famílias em situação de fome e insegurança alimentar.

Na Região Amazônica, todos os estados estão programando ações solidárias. E já estão confirmadas as doações de alimentos no Pará, Roraima e Tocantins.

Pontos de arrecadação e doações

Foto: Thiarles França

As ações da campanha “Natal Sem Fome do MST – Cultivando a Solidariedade para Alimentar o Povo” vêm sendo construídas em conjunto com a classe trabalhadora organizada no campo e nas cidades, com o apoio de amigas, amigos, artistas e influencers. Mas também em conjunto com outros movimentos sociais, estudantis, sindicatos, ongs, universidades, entidades religiosas e que atuam em defesa dos direitos humanos.

Em conjunto com essa rede solidária, há pontos de arrecadação de alimentos não perecíveis espalhados pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Paraná e Rio Grande do Sul, entre eles unidades da Rede de Armazéns do Campo.

Durante a campanha, até o momento, estão confirmadas 15 lojas do Armazém do Campo que estarão recebendo doações, além de outros 13 pontos de diferentes lugares que também estão recebendo alimentos para compor as cestas.

“O Natal Sem Fome tem como um dos principais objetivos levar esse alimento para aquelas pessoas em situação vulnerável por conta da pandemia. É a sequência para continuar mantendo o nosso propósito, que é o quanto mais vidas pudermos salvar, melhor. E o alimento faz parte disso. Para um Natal sem fome e salvando vidas”, afirmou Ademar Suptitz (Schusky), da coordenação da Rede de Armazéns do Campo.

Ao todo, já foram levantados 28 locais disponíveis para o recolhimento das doações, para aqueles e aquelas, que assim como o MST, levam a sério a máxima de que solidariedade não é dar o que sobra, mas compartilhar o que se tem.

Para doar qualquer aporte para a campanha Natal Sem Fome do MST, envie para:

Caixa Econômica
AG 1231
CC 2260-1 OP 003
CNPJ 11.586.301/0001-65
PIX: [email protected]

*Editado por Fernanda Alcântara