Enchentes em Minas Gerais

Áreas do MST sob alerta com as chuvas na Região Metropolitana de Belo Horizonte

Na Regional Metropolitana Milton Freitas, áreas próximas ao Rio Paraopeba atingidas pelo Crime da Vale em Brumadinho são as mais críticas
Rio transbordou e invadiu casas no Acampamento Pátria Livre, em São Joaquim de Bicas (MG) / Foto: MST-MG

Da Página do MST
Por Agatha Azevedo

Desde o início de janeiro de 2022, as chuvas vem se intensificando no estado de Minas Gerais. No sábado, 08 de janeiro, as famílias Sem Terra da Regional Metropolitana Milton Freitas que vivem em áreas próximas à bacia do rio Paraopeba registraram que o nível da água do rio subiu rapidamente. Na madrugada deste final de semana, as famílias do Acampamento Pátria Livre, em São Joaquim de Bicas, e do Assentamento 2 de Julho, em Betim, viram suas casas e áreas de plantio serem inundadas. “As famílias saíram com as roupas e documentos, mas perderam tudo. Nós conseguimos retirar todas as famílias antes porque estávamos monitorando o rio”, detalha Josimar Aquino, da Direção Estadual do MST em Minas Gerais.

Acampamento Pátria Livre/ Foto: MST-MG
Acampamento Pátria Livre/ Foto: MST-MG

No Acampamento Pátria Livre, o nível da água tomou as áreas coletivas. A Secretaria e a Escola Itinerante Elizabeth Teixeira foram inundadas e tiveram a maioria dos materiais perdidos. As casas das famílias que vivem mais próximas ao rio também foram inundadas, fazendo com que elas perdessem até mesmo seus pertences pessoais. No Assentamento 2 de Julho, a situação é de alerta com as famílias próximas ao rio desalojadas e a organização de mutirões para ajudá-las. Por enquanto, o Viveiro Esperança não foi atingido pelas enchentes.

As chuvas não fizeram vítimas, mas grande parte da produção foi prejudicada. A Regional segue em alerta construindo mutirões de trabalho coletivo, cozinha solidária e estruturas para amparar as famílias que perderam suas casas. “Para nós o essencial é a vida, nós estamos aqui firmes e resistentes, nós perdemos tudo, mas vamos reconstruir nossos territórios”, afirma Josimar.

O Movimento os Trabalhadores Rurais Sem Terra, por meio de suas cooperativas, regionais e do Armazém do Campo, está se organizando para enviar alimentos e doações para as famílias atingidas. A regional do MST segue em alerta, monitorando o rio e cuidando das famílias. O Movimento agradece toda a solidariedade e todo o apoio de amigos e amigas do MST. Reforçamos também nosso compromisso de solidariedade com as milhares de famílias que sofrem com as chuvas na Bacia do Paraopeba, em Minas Gerais e em todo o país.

Para mais informações, entrar em contato com Sueli – 31 9 9807-6005

*Editado por Yuri Simeon