Parabéns, MST!
Confederação Nacional da Agricultura de Portugal parabeniza MST pelos 38 anos
Da Página do MST
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA), de Portugal, filiada a Coordenação Europeia da Via Campesina Internacional, em carta, parabeniza o Movimento Sem Terra pelos 38 anos de lutas e resistência na defesa da Terra, Reforma Agrária e da Transformação Social.
O MST completa mais um ciclo de existência política no próximo sábado (22/1), data que marca o encerramento do 1º Encontro Nacional dos Sem Terra, realizado entre os dias 20 e 22 de janeiro de 1984, na cidade de Cascavel, no Oeste do Paraná. Para marcar o processo de fundação, foi divulgada a carta “A terra para quem nela trabalha e vive!”.
No documento, a Confederação denuncia os ataques do governo Bolsonaro aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do campo, demonstrando “grande preocupação”, e reafirma a unidade política entre a organização e o Movimento para garantia de conquistas.
“A CNA e o MST estão unidos numa longa e forte relação de amizade e solidariedade cimentada na luta comum dos camponeses dos nossos dois países e os dos quatro cantos do mundo, pelo direito à terra, pela justa remuneração do nosso trabalho, pelo cumprimento da Declaração dos Direitos Camponeses, aprovada pela ONU.”
Leia a carta na íntegra:
Queridas e queridos camaradas
A Direção da Confederação Nacional da Agricultura — CNA, de Portugal e, através dela, as Associações que a constituem os milhares de Pequenos e Médios Agricultores, a Agricultura Familiar Portuguesa, saúdam mais um ano de luta do MST pelo Direito à Terra e pela Reforma Agrária Popular, neste assinalar do vosso 38ºAniversário.
Através de vós saudamos todas e todos os militantes do MST que, superando dificuldades e perseguições, a repressão e mesmo assassinatos, animados pela certeza de que a razão estar do Iado dos que vivem do seu trabalho, mantêm erguida a bandeira da luta pelo cumprimento dos Direitos Camponeses.
A CNA e o MST estão unidos numa longa e forte relação de amizade e solidariedade cimentada na luta comum dos camponeses dos nossos dois países e os dos quatro cantos do mundo, pelo direito à terra, pela justa remuneração do nosso trabalho, pelo cumprimento da Declaração dos Direitos Camponeses, aprovada pela ONU.
Seguimos com preocupação a difícil situação política, social e sanitária vivida pelo povo do Brasil, com o qual nos solidarizamos e saudamos a importante intervenção do MST no desenvolvimento da luta dos Movimentos Sociais, de que é um dos mais importantes impulsionadores, contra as políticas fascizantes e pela reconquista de um regime democrático que tenha nas suas prioridades o bem-estar do povo e que nele tenha a sua força.
Aceitem, queridas e queridos camaradas a nossa solidariedade de sempre e especialmente nestes dias tão difíceis, mas que são também empolgantes dias de luta popular, dias de luta pelos direitos dos camponeses, na certeza de que será vitorioso o vosso lema:
LUTAR,CONSTRUIR REFORMA AGRÁRIA POPULAR!
Coimbra, 21 de Janeiro de 2022