Liberdade para Assange
Envie uma carta e defenda a liberdade imediata do jornalista Julian Assange
Da Página do MST
Um conjunto de movimentos populares e entidades brasileiras, latino-americanas e internacionais, entre elas, a Via Campesina, MST, Frente Brasil Popular, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos, entre outros, lançam a campanha “Liberdade para Assange!”.
A campanha se soma as diversas ações internacionais que cobram a liberdade e a não extradição do jornalista e fundador do WikiLeaks, Julian Assange aos EUA, além do fim da perseguição política dos Estados Unidos aos jornalistas, em todo o mundo.
Você pode participar da campanha enviando cartas à Suprema Corte do Reino Unido. As cartas também denunciam a perseguição dos EUA que ocorre há mais de dez anos contra Assange, detido em uma prisão de alta segurança de Belmarsh, perto de Londres, desde abril de 2019, após o Equador revogar sua permanência em sua embaixada britânica.
O jornalista foi preso após tornar públicas várias ações dos governos estadunidenses que violavam a democracia, os direitos humanos e a soberania de outros países. “A perseguição e prisão de Assange não visa apenas silenciar seu trabalho, mas também atacar todo bom jornalismo e todas e todos aqueles que levantam sua voz para espalhar a verdade sobre a violência, guerras e tentativas de dominação por parte dos países imperialistas. Julian Assange não deve ser extraditado, Julian Assange deve ser libertado!”, denuncia e cobra a carta.
Ajude na pressão pela liberdade de Assangue, enviando cartas para os seguintes contatos:
Suprema Corte do Reuni Unido: [email protected] e [email protected]
Você também pode pressionar pelo Twiter:
Embaixada Inglaterra: @ukinbrazil
Embaixador Inglaterra: @PeterWilson
Embaixada EUA: @EmbaixadaEUA
Confira abaixo modelos de cartas para o envio, em Português e Inglês:
Às autoridades diplomáticas e consulares dos Estados Unidos e do Reino Unido,
Às autoridades legais e políticas responsáveis pelo Julgamento de Julian Assange
A combinação de diferentes crises econômicas, sanitárias, alimentares e ecológicas agravou a crise social enfrentada pelos trabalhadores e trabalhadoras em seus países. A possibilidade de uma saída autoritária para a crise é evidente em muitos países do mundo. Diante das necessidades urgentes do povo – saúde, alimentação, abrigo, segurança – governos autoritários impõem repressão, perseguição e silêncio.
Nessas horas críticas para a humanidade, não podemos nos dar ao luxo de ficar em silêncio.
Por mais de dez anos, Julian Assange enfrentou uma perseguição implacável porque se recusou a permanecer em silêncio. Seu trabalho jornalístico descobriu os terríveis abusos dos regimes políticos que impõem o terror, o genocídio e a destruição para satisfazer seus interesses. Se não fosse Assange e o WikiLeaks, não teríamos ideia de quantos civis afegãos, iraquianos e iemenitas foram mortos pelas bombas e drones do império norte-americano, que pensavam que ao matá-los em terras distantes teriam total impunidade.
Enquanto estes crimes contra a humanidade ficam impunes, Julian Assange sofre uma terrível punição por ousar expô-los ao mundo. O processo judicial contra ele é um exemplo do uso político de instituições estatais contra o interesse geral.
Julian Assange não vê a luz do dia há mais de dez anos, submetido à tortura e ao confinamento isolado. Como no caso de outros presos políticos, este tratamento procura quebrar sua vontade e infligir punição exemplar, para que outras vozes também sejam silenciadas. Mas Julian Assange resiste, apesar das graves consequências para sua saúde mental e psicológica. Ele suporta a arbitrariedade e a injustiça com dignidade e rebeldia.
Julian Assange disse ao tribunal que decide sobre sua possível extradição para os EUA: “Não aceitarei que censurem o testemunho de uma vítima de tortura perante este tribunal”. Há milhões de nós que não aceitarão que sua voz seja silenciada e não calaremos a nossa própria. Não estamos dispostos a desviar o olhar dos graves abusos a que ele está sendo submetido.
Aqueles de nós que apoiam esta declaração, se solidarizam com ele e sua família, sua companheira, seus filhos e seus pais.
Unimos nossas vozes as e os jornalistas de todo o mundo, que sabem que sua profissão se tornará ainda mais perigosa se Julian Assange for extraditado e que a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa estarão sujeitas a perseguições ainda mais implacáveis.
Unimos nossas vozes às do povo britânico, que estão indignados com a submissão das instituições nacionais aos interesses de uma potência estrangeira, em uma aplicação grosseira de extraterritorialidade, sem respeito ao Estado de Direito.
Unimos nossas vozes as e os ativistas e defensores dos direitos humanos que sabem que podem ser os próximos a sofrer arbitrariedades, perseguições e torturas de Estados poderosos que buscam vingança, não justiça.
Unimos nossas vozes as e os juristas de todo o mundo que alertaram sobre graves irregularidades no processo judicial contra Julian Assange e tememos que o Estado de Direito seja mortalmente ferido se ele for extraditado.
Mas acima de tudo, unimos nossas vozes às das milhares de vítimas nos países invadidos, atacados pelas forças militares dos Estados poderosos, de todas as vozes silenciadas pela brutalidade da guerra, de todas as vítimas de crimes cujos perpetradores, até hoje, permanecem impunes.
Julian Assange arriscou sua vida e liberdade ao não permanecer em silêncio, ao não aceitar que estes crimes permanecessem escondidos e impunes. Nestes tempos sombrios para a humanidade, precisamos da voz de Julian Assange, precisamos de todas as vozes que denunciam os crimes contra a humanidade.
A perseguição e prisão de Assange não visa apenas silenciar seu trabalho, mas também atacar todo bom jornalismo e todas e todos aqueles que levantam sua voz para espalhar a verdade sobre a violência, guerras e tentativas de dominação por parte dos países imperialistas.
Julian Assange não deve ser extraditado, Julian Assange deve ser libertado!
Saudações,
[COLOQUE SEU NOME E SOBRENOME AQUI]
Versão em Inglês
To the diplomatic and consular authorities of the United States and the United Kingdom,
To the legal and political authorities responsible for Julian Assange’s trial,
The combination of different economic, health, food, and ecological crises has worsened the social crisis that workers face across the world. The possibility of an authoritarian exit to the crisis is a reality in many countries of the world. Faced with the urgent needs of the peoples – health, food, shelter, security – authoritarian governments impose repression, persecution and silence.
In these critical hours for humanity, we cannot allow ourselves to be silent.
For more than ten years, Julian Assange has faced relentless persecution because he refused to be silent. His journalistic work revealed the terrible abuses of political regimes that impose terror, genocide and destruction to pursue their interests. If it were not for Assange and Wikileaks, we would have no idea how many Afghan, Iraqi, Yemeni civilians died because of the bombs and drones of the empire, that thought that by killing them in faraway lands, they would have complete impunity.
While these crimes against humanity remain unpunished, Julian Assange suffers terrible punishment for daring to speak out. The legal case against him is an example of the political use of the institutions of the States against the general interest.
Julian Assange has not seen the sunlight for more than ten years, subjected to torture and isolation. As with other political prisoners, this treatment seeks to break their will and inflict exemplary punishment, so that other voices are also silent. But Julian Assange resists, despite the serious consequences on his mental and mental health. He endures arbitrariness and injustice with dignity and rebellion.
He told the court that decides on his possible extradition to the United States: “I will not accept you censoring a torture victim’s statement to this court.” We are millions who will not accept that they silence his voice, and we will not silence ours either. We are not going to look away from the serious abuse he is submitted to.
Those who support this declaration express our solidarity with him and with his family: with his partner, children and parents.
We join our voices with journalists around the world, who know that their profession will be even more dangerous if Julian Assange is extradited, and that freedom of expression and freedom of the press will face even more relentless persecution.
We join our voices with those of the British people, who witness with indignation the submission of national institutions to the interests of a foreign power, in a gross imposition of extraterritoriality, without respect for the rule of law.
We join our voices with the activists and human rights defenders, who know that they could be the next to suffer the arbitrariness, persecution and torture of powerful states that seek revenge, not justice.
We join our voices with jurists around the world who have warned of the serious irregularities in the judicial process against Julian Assange, and fear that the rule of law will be mortally wounded if he is extradited.
But above all, we unite our voices to the hundreds of thousands of victims in the countries that were invaded, attacked by the military forces of powerful States, to all the voices silenced by the brutality of war, of all the victims of those crimes whose authors, to this day, remain unpunished.
Julian Assange risked his life and freedom by not keeping silent, by not accepting that these crimes should go hidden and unpunished. In these dark times, we need the bright voice of Julian Assange, we need all the voices that denounce crimes against humanity.
The persecution and imprisonment of Assange seeks to not only silence his work, but attack all good journalism and those that raise their voices to share the truth about violence and attempts of domination and war of imperialist countries.
Julian Assange must not be extradited, Julian Assange must be free!
Sincerely,
[YOUR NAME]