Mulheres em Luta
Mulheres Sem Terra denunciam empresa do ramo do agronegócio no Rio de Janeiro
Da Página do MST
Na madrugada desta segunda-feira, cerca de 70 mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra MST no Rio de Janeiro fizeram um ato em frente a multinacional Bunge, no Parque Duque, no município de Duque de Caxias/RJ.
A Bunge é uma das empresas multinacionais do agronegócio que mais lucrou em 2021. De acordo com os dados do agronegócio, o lucro da multinacional quase dobrou em 2021. O segmento de agribusiness da Bunge, o mais importante da empresa, registrou vendas líquidas de US$43,6 bilhões no ano, ante US$30 bilhões em 2020. Na área de óleos refinados, houve avanço de 38,5% para US$9,6 bilhões, enquanto na divisão de moagem o crescimento foi de 18,6% , para US$1,9 bilhão.
Com o lema Terra, Trabalho, Direito de Existir: Mulheres em Luta não vão sucumbir as mulheres do MST denunciam para sociedade os altíssimos faturamentos da multinacional enquanto o Brasil retorna ao mapa da fome e da miséria.
“As mulheres são as mais afetadas pela situação de fome que tem se agravado no Brasil, visto que estão como únicas responsáveis em quase metade das famílias brasileiras, ficando com elas a responsabilidade sobre as condições de sobrevivência do núcleo familiar”, descreve uma das porta vozes do movimento.
Desde 2020, a partir do cenário de crise no país, agravado pelo desgoverno de Bolsonaro e a pandemia, as mulheres e a população negra também foram as primeiras a perderem o emprego e a renda. Com isso, o aumento do desemprego e a falta de opções de renda levou cerca de 60 milhões a viverem na pobreza e quase 20 milhões de pessoas em situação de miséria.
A ação faz parte da Jornada de Lutas das Mulheres Sem Terra, que seguirá com ações de solidariedade e formação até 14 de março, com ações simbólicas e plantio de árvores em homenagem à Marielle Franco.
Terra, Trabalho, Direito de Existir! Mulheres em Luta não vão sucumbir!
*Editado por Fernanda Alcântara