Jornada de Lutas

Em São Paulo, Mulheres Sem Terra ocupam prefeitura de Valinhos contra despejo

Mais de 100 mulheres do acampamento Marielle Vive! exigem o direito à terra
A ocupação faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra 2022. Foto: Julia Giménez e Marília Fonseca

Da Página do MST

Na manha desta quinta-feira (10/3), como parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra, trabalhadoras do acampamento Marielle Vive!, localizado em Valinhos (SP), ocuparam a Prefeitura Municipal para solicitar uma reunião com o objetivo de garantir os direitos das mais de 450 famílias acampadas que estão sob risco de despejo. A ação contou com a participação de mulheres de movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos da Regional Campinas, que apoiam as famílias acampadas há 4 anos.

No dia 31 de março de 2022, vence o prazo de vigência da Arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) n°828, que trata da suspensão dos despejos urbanos e rurais durante a pandemia. Levantando as bandeiras de Despejo Zero em contexto de grave crise sanitária e econômica, se busca garantir a permanência ou designação de outra área pública para as famílias acampadas conquistarem o direito à terra, teto e trabalho.

Além disso, a pauta apresentada à prefeitura trata de assuntos em torno da educação, saúde e acesso aos serviços públicos do município. 

Para Paula Coelho, da direção estadual do MST São Paulo, “neste momento de grave crise em que vivemos, de insegurança alimentar no país é um crime desalojar as 450 famílias que há quatro anos vem construindo suas vidas, produzindo alimentos saudáveis, além de práticas de educação com crianças e adultos, cuidados coletivos e solidariedade.”

Ela destaca que “estamos aqui pedindo uma reunião com a prefeitura de Valinhos para que este crime não aconteça. E para que o poder público exerça o seu papel de garantir os direitos constitucionais dessas famílias.”

*Editado por Wesley Lima