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JURArt Paraná debate sobre universidade, Reforma Agrária Popular e projeto de país

Em mais uma edição a Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária no PR mantém articulação paranaense entre Instituição de Ensino Superior do estado

Por Barbara Zem, do MST no PR
Da Página do MST

Nesta segunda-feira (18/04), começou mais uma edição da Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária da articulação do Paraná (JURArt). O tema deste ano é Universidade, Reforma Agrária Popular e Projeto de País. O ato de abertura foi realizado de forma online e trouxe diversos educadores para desenvolver uma discussão sobre educação, alimentação e mudanças nos direitos de todos.

Esse é o segundo ano da Jornada Universitária em defesa da JURArt, que une vários institutos e universidades federais que realizam a JURA.

Com a volta das atividades presenciais, a JURArt Paraná de 2022 contará com ações dentro das próprias universidades. A programação ainda está sendo definida e logo, mais informações serão repassadas a todas (os). Todas as atividades serão realizadas de maneira presencial. 

O Ato de abertura da JURArt, realizado às 19h30 desta segunda – feira (18) contou com a mediação de Elias Canudo Brandão, coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação na Diversidade do Campo (GESPEDIC – UNESPAR). 

O ato de abertura contou com uma explicação sobre o que é a atividade. “Então, a Jornada Universitária vem para refletir sobre os conflitos no campo, os assassinatos que ocorreram no passado e que continuam ocorrendo no presente contra os camponeses, contra as trabalhadoras e trabalhadores do campo, contra as lideranças sociais, os indígenas, quilombolas, pescadores e tantas outras pessoas. O mês de abril, mês que estamos realizando esta jornada, é considerado o mês vermelho. Por quê? Porque foi um mês de derramamento de sangue, como ocorreu em Eldorado do Carajás há 26 anos, no dia 17 de abril de 1996. Portanto, esquecer jamais!”, comenta Elias.

A JURA é um espaço de socialização do conhecimento produzido pelos sujeitos organizados em movimentos populares e também por organizações e instituições de ensino superior público, incluindo universidades e institutos federais. 

“Em 2021 resolvemos pela ampliação da rede de articulação da JURA no Paraná, em torno da pauta da questão agrária que já vem no decorrer da trajetória histórica enquanto JURA, mas também na questão agrária e urbana e disso resultou a Jornada Universitária em defesa da Reforma Agrária da articulação do Paraná (JURArt)”, explica Luciane Olegario do Setor de Educação do MST-PR.

Os objetivos da JURArt são: realizar as ações em defesa da universidade pública; realizar ações em defesa da reforma agrária popular; fazer a articulação política de forma permanente em ações para além da JURA direcionada conforme os dois primeiros objetivos; sistematizar as pesquisas em torno das ações que envolvem a questão agrária e também da reforma agrária e ser um espaço de debate político e disseminação de trabalhos e pesquisas relacionados ao tema da questão agrária no Paraná.

“Considero que a importância deste evento está na possibilidade de socializar as ações de pesquisa, ensino e extensão que estão sendo desenvolvidas entre as universidades e diferentes segmentos sociais. Nesse aspecto ressalto a importância de pensar que um país no futuro não pode prescindir do respeito aqueles que estão buscando um espaço para que suas vozes sejam ouvidas, e que querem, assim como os demais grupos sociais serem reconhecidos pelos trabalhos que desenvolvem em suas comunidades”, comenta Salete Machado Sirino, professora e reitora da Unespar.

“É preciso organizar uma frente ampla das classes, do povo brasileiro para que nesse sinergia de todos conseguirmos ter unidade para resolver os problemas fundamentais da nossa sociedade. Que começa na fome, que voltou, no direito ao emprego, à educação, à terra, à moradia, enfim, o direito de ser cidadão como uma vida boa à todos”, completa João Pedro Stédile, membro da coordenação Nacional do MST.

A mesa do ato foi composta por João Pedro Stédile – Coordenador Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); Salete Paulina Machado Sirino – Reitora da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR); Alexandre Almeida Webber – Reitor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE); Gleisson Alisson Pereira de Brito – Reitor na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) e Luciane Olegario da Silva – Setor Educação MST-PR; Elias Canuto Brandão – Coordenador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação na Diversidade do Campo (GESPEDIC – UNESPAR) – Mediador.

A transmissão aconteceu pelo canal do MST no Youtube. Assista abaixo:

*Editado por Fernanda Alcântara