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1º de Maio: atos de rua marcam urgência da luta contra fome e desemprego

Mobilização histórica volta a ocorrer presencialmente no Brasil; Lula confirma presença no ato de centrais em SP
Em 2015, 1º de maio da CUT reuniu milhares no Vale do Anhangabaú contra a proposta de terceirização. Foto: Roberto Parizotti/CUT

Do Brasil de Fato

Após dois anos de manifestações virtuais, o Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora volta a ser celebrado nas ruas de todo o país. Em 2022, a data é marcada pela urgência da luta contra a piora das condições de vida da população sob o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Em São Paulo (SP), o ato tem presença confirmada do pré-candidato à presidência e líder histórico do Partido dos Trabalhadores (PT), Luís Inácio Lula da Silva. A realização é de seis centrais sindicais: CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Pública Central do Servidor.

Além do público em geral, estão na capital paulista dirigentes sindicais, lideranças dos movimentos sociais e representantes de organizações populares, parlamentares, autoridades de partidos políticos e organizações internacionais.

A tradicional programação cultural conta com artistas de renome, como Daniela Mercury, Francisco El Hombre, Leci Brandão, Dexter e DJ KL Jay. Para quem não puder estar presente, a transmissão ao vivo é na Rede TVT e nas redes sociais das centrais sindicais.

Inflação e desemprego

O país iniciou 2021 com número recorde de desempregados. No trimestre encerrado em janeiro, eram 14,272 milhões, 211 mil a mais em relação a outubro, segundo a Pnad Contínua.

Entre fevereiro de 2019 e o mesmo mês deste ano, o valor da cesta básica aumentou 48,3%, de R$ 482,40, para R$ 715,65, em média. A inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 11,3%, a maior dos últimos 27 anos, segundo o IBGE.

Propagandeada como a solução para o desemprego, a reforma trabalhista do governo de Michel Temer fez crescer o trabalho informal e derrubou o rendimento médio dos brasileiros. Segundo o IBGE, ele era de R$ 2.700 ao fim de 2017, quando as novas regras entraram em vigor. Hoje, é de R$ 2.500.