Violência

Nota de repúdio do MST sobre o assassinato da jornalista Shireen Abu Akleh

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) repudia assassinato da jornalista palestina pelas forças armadas do Estado colonialista de Israel
Foto: Reprodução/ONU

Da Página do MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) repudia veementemente o assassinato da jornalista Shireen Abu Akleh pelas forças armadas do Estado colonialista de Israel, na Cisjordânia ocupada na última quarta-feira, 11. Durante um ataque do exército de Israel na cidade de Jenin, ao sul de Ramallah, na Cisjordânia, a jornalista da rede Al Jazeera (sediada no Qatar) foi alvejada no rosto enquanto realizava seu trabalho. 

É um episódio que escancara a militarização desta ocupação colonialista, que há 74 anos violenta o povo palestino em seu território, sua soberania e na vida cotidiana de milhões de homens, mulheres e crianças. Há um ano, a sede da emissora Al Jazeera foi bombardeada pela força aérea de Israel e, somente em 2021, foram registradas 384 violações a jornalistas que trabalhavam em zonas palestinas ocupadas.

De acordo com dados da organização Addameer, que monitora as prisões de palestinos pelo Estado militar de Israel, hoje há mais de 4.450 presos políticos nas prisões israelenses, entre os quais 8 parlamentares da Palestina e 160 crianças. Centenas de checkpoints por toda Cisjordânia ocupada impede o direito de ir e vir de palestinos, diariamente monitorados por um sistema cruel de controle. Entre janeiro e abril deste ano, já se somam 36 palestinos assassinados pelas forças de Israel.

É necessário uma posição firme da comunidade internacional, com uma investigação independente de Israel para mais este caso brutal. O Direito à Informação é um direito fundamental e a prática da livre imprensa deve ser permanentemente valorizada.

Defendemos que sejam cumpridas todas as resoluções da ONU sobre a imediata suspensão da expansão colonialista de Israel, que rouba terras palestinas com novos assentamentos, bem como aquelas que garantem o direito ao retorno do povo palestino. É urgente que se chegue a uma solução permanente para esta questão secular que envergonha a toda a humanidade.

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)