Denúncia

Acampamento Ilda Martins, em São Paulo, sofre incêndio criminoso

Confira nota oficial sobre atentado contra acampamento
Foto: Acervo MST em São Paulo

Da Página do MST

Na madrugada desta segunda-feira (6) foi ateado fogo no barraco de uma das famílias do acampamento Ilda Martins, localizado em Apiaí (SP). Felizmente, no momento do atentado criminoso os moradores não estavam no local e ninguém ficou ferido. A família que teve seu barraco queimado perdeu todos os seus pertences. Foi aberto Boletim de Ocorrência e as famílias acampadas exigem que providências efetivas sejam tomadas e que de fato aconteça uma investigação coerente sobre o caso.

Há alguns dias, as famílias acampadas vinham percebendo movimentações estranhas, lona de barracos rasgadas e alguns feixes de madeira com sinais de fogo próximos aos barracos. Desde a ocupação da área, em 2017, as famílias vêm recebendo ameaças por parte do suposto arrendatário da fazenda.

O acampamento Ilda Martins está instalado na fazenda Caximba (antiga Consteca). A primeira ocupação aconteceu em 17 de abril de 2015 e as famílias sofreram diversos despejos e acabaram, por um tempo, ficando acampadas na beira da rodovia. Em 2017, a fazenda foi reocupada e, desde então, as famílias estão dentro da área, trabalhando na terra, produzindo alimentos e vivendo no acampamento. A fazenda Caximba está em processo judicial na Vara Federal de Itapeva e as famílias seguem aguardando os desdobramentos para que a área seja destinada para assentamento de Reforma Agrária.

Atualmente 20 famílias vivem no local e estão se dedicando à produção agroecológica e orgânica com o objetivo de trabalhar na terra de forma sustentável, tendo em vista que a área reivindicada faz divisa com o Petar (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira). Ou seja, o acampamento está instalado em uma área de amortecimento do parque, numa região de Mata Atlântica, e o compromisso das famílias acampadas é preservar a biodiversidade ainda existente no Alto Vale do Ribeira.

O MST repudia toda e qualquer forma de violência contra as famílias acampadas e reafirma que seguirá lutando todos os dias até que seja realizada uma verdadeira Reforma Agrária em nosso país.

Lutar, construir Reforma Agrária Popular!

Direção Estadual MST/SP