Plenária tem balanço do Plano Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis

*Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, em Prado (BA). Foto: Acervo MST*

Da Página do MST

Nesta terça-feira (07), Sem Terra de diversos cantos do país participaram da Plenária Nacional Egídio Brunetto: Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis. Realizada de forma online, a ação faz parte das atividades realizadas no âmbito da semana do meio ambiente, e teve como objetivo debater a questão ambiental e os impactos do modelo de desenvolvimento capitalista para a natureza e a vida humana, além de trazer um panorama do Plano Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis.

No total, foram mais de 60 escolas conectadas simultaneamente com aproximadamente 3 mil crianças e jovens que participaram da atividade, construída a partir do conhecimento coletivo de diversos setores do MST.

No momento de mística, foi apresentado um vídeo com homenagens e mensagens de esperança de Egídio Brunetto. Fernanda Farias, do Coletivo Nacional da Juventude, e Maria de Jesus, do Setor de Educação do MST no Ceará, foram as mediadoras dos debates e apresentaram as ações desenvolvidas em algumas escolas do campo.

O momento de formação e análise de conjuntura foi realizado por Bárbara Loureiro, do Setor de Produção do MST. “É importante entender porque cada vez mais temos feito ações no calendário político, no calendário de lutas, sobre o meio ambiente. Esta é uma semana para propor ações, denúncias do que estamos vivendo”, afirmou.

Loureiro ressaltou os aspectos das crises pelas quais passamos, como política e econômica, mas também ambiental, que todos(as) têm sentido no dia-a-dia. “Não é porque a natureza é má, está se vingando de nós, não é uma resposta. Ela é o resultado da ganância de multimilionários que exploram a natureza e que tem aumentado cada vez mais essa intensidade de exploração dos bens comuns, da natureza, mas também dos trabalhadores e trabalhadoras”.

Deste modo, Bárbara apresentou os elementos da conjuntura ambiental numa perspectiva popular. “Nós precisamos anunciar que o nosso projeto é um projeto da vida, porque ele tem diversidade, agroecologia, soberania alimentar e tem o plantio de árvores como centro desta construção”, e finalizou descrevendo o papel de cada espaço de formação em agroecologia.

“Construir o Plano Nacional [Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis] em cada escola é uma reafirmação do compromisso que cada um tem com a sociedade, de cuidar dos bens comuns da natureza, e como vamos tornando cada escola do campo como guardiã da biodiversidade, dessa diversidade da vida em todos os sentidos, que precisam ser partilhados”.

Em seguida, foram apresentadas experiências exitosas em que o MST já vem trabalhando em escolas do campo pelo país. A primeira consistia em um vídeo da Escola Estadual Chico Mendes, em Hulha Negra (RS); a segunda experiência foi na Escola Maria Nazaré de Sousa, no Ceará; a terceira, no Centro de Educação no Campo, no Maranhão.

Com falas de convocação para a ação do plantio de árvores e produção de alimentos, o momento mais especial da plenária foi a transformação dos conceitos abordados com a prática das experiências desenvolvidas nas áreas de Reforma Agrária. Com o final da transmissão, várias pessoas dos acampamentos e assentamentos plantaram árvores como parte da proposta apresentada na plenária, ao som de um clipe de Zé Pinto, cantor, compositor e um dos principais criadores de canções do MST.

Confira abaixo, algumas das fotos enviadas pelas escolas de momentos durante a plenária e no plantio:

EEEFM Paulo Tristão Purinha, em Linhares (ES)