Comitês Populares

Famílias assentadas participam da formação de formadores na Fronteira Oeste

O curso faz parte da Jornada Nacional de Formação e Trabalho de Base do MST
Curso de formação de Formadores da região da Fronteira Oeste. Foto: Vanessa Borges

Por Maiara Rauber
Da Página do MST

No último sábado, dia 18 de junho, cerca de 50 Sem Terra, das regiões Campanha, Sul e Fronteira Oeste, participaram do curso de Formação de Formadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Centro de Educação Popular e Pesquisa em Agroecologia (Ceppa), em Candiota, Rio Grande do Sul. O intuito desse encontro, de acordo com Geronimo da Silva, do setor de Formação do MST pelo estado, é trazer uma discussão atualizada sobre a Reforma Agrária Popular e os Comitês Populares. 

“A ideia de formar formadores em todos os nossos espaços é para que possamos atuar nas nossas bases. Trazendo a discussão do nosso programa da Reforma da Agrária Popular, que é os próprios Comitês Populares. Esse é um espaço de discussão, formação, um espaço que logo depois das eleições também nos tornará aptos para dialogar com o Governo Federal”, explica Silva.  

Ainda segundo ele, nesse mês serão realizados dois novos encontros para formar novas turmas de formadores. “Esses militantes estão se preparando para atuar na conjuntura, na nossa base e em diversas demandas da organização e da sociedade”, pontua Geronimo. 

Após o curso, o assentamento Roça Nova, em Candiota, foi palco da atividade de lançamento do Comitê Popular Lula e Edegar Pretto, organizado pelo MST e a Juventude do PT local. A atividade reuniu cerca de 150 pessoas no Ceppa e contou com a presença do pré-candidato ao governo do estado do Rio Grande do Sul, Edegar Pretto.

O comitê central contempla municípios e assentamentos da Campanha, Sul e Fronteira Oeste, e tem a tarefa de multiplicá-los nessas três regiões. Um dos objetivos dos comitês é mobilizar a sociedade para debater sobre seus problemas e as soluções necessárias, influenciando nos debates sobre os planos de governo, além de envolver-se nas principais atividades de pré-campanha e, posteriormente, da campanha.

Foto: Rafael Stédile

“Eles também serão estruturas organizativas para a discussão do projeto de estado e país. A ideia é que esses comitês permaneçam no pós-eleição, pois queremos ajudar a governar colocando as demandas específicas do povo, da reforma agrária”, disse Geronimo da Silva.

Além de lideranças e militantes do PT e MST, a plenária também contou com a participação da vereadora Luana Camacho Vais, do ex-prefeito Adriano Castro dos Santos, do deputado federal Dionilso Marcon (PT) e representantes de diversas instituições e cooperativas. 

*Editado por Solange Engelmann