Comunicação

Seca? Guerra? programa Bem Viver traz verdadeiros motivos para disparada do preço do leite

Gilmar Mauro, da direção nacional do MST, explica que falta de políticas para garantir o abastecimento gerou cenário
O tradicional café com leite virou artigo de luxo para parte da população brasileira. Foto: József Szabó/Unsplash

Do Brasil de Fato

O programa Bem Viver deste terça-feira (12) responde uma pergunta bem cotidiana: por que o preço do leite está tão caro? Nas últimas semanas, circularam pela internet fotos do produto acima de R$ 7 reais em mercados. 

O que fez o leite ficar mais caro que a gasolina, em algumas cidades?

Para responder a esta pergunta, o Brasil de Fato conversou com Gilmar Mauro, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST). Segundo o especialista, a explicação para esse cenário passa por um conjunto de fatores diversos, que se encontram em um denominador comum: a falta de políticas governamentais para garantir o abastecimento. 

Gilmar Mauro defende que “é preciso uma política do país para a produção interna, seja o leite ou outros itens que têm demanda doméstica, como arroz, feijão, mandioca…”

Ainda segundo o membro da coordenação nacional do MST, o Movimento Sem Terra “defende que é possível alimentar toda a população por meio da agroecologia. Mas, para isso, é necessário uma mudança de pensamento alimentar”.

Freio na vacinação

Programa Bem Viver também discute a atual situação da imunização contra covid no país. Depois de uma arrancada muito eficiente, os dados mais recentes mostram uma paralisação no avanço da vacinação no país. O alerta é da própria Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Segundo a ex-coordenadora do Plano Nacional de Imunização (PNI), Carla Domingues existem algumas explicações pra isso. Na visão da especialista, é um reflexo esperado das pessoas, que se desinteressam pela vacina à medida que a doença parece estar controlada. Mas, há uma responsabilidade do governo de não estimular a população a buscar a vacina

Combate à “história única”

Contra a versão estereotipada de que o Sertão é uma zona de seca e miséria, um aluno da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) lançou o projeto Vozes do Semiárido. 

O objetivo é reunir estudantes, pesquisadores e docentes de outras universidades para ampliar as condições de se contar histórias das diversidades da região. Conheça mais desta iniciativa na edição desta quarta-feira do Bem Viver.

Confira como ouvir e acompanhar o Programa Bem Viver / Brasil de Fato

*Editado por Maiara Rauber