Crédito Emergencial

MST no RS e movimentos da Via Campesina ainda buscam soluções para combater estiagem no estado

Em conversa com atual Secretário da Agricultura do estado, Domingos Velho Lopes, são apresentados detalhes do crédito emergencial
Na reunião foram apresentados pelo secretário dois decretos a serem implementados para a agricultura familiar camponesa no estado. Foto: Maiara Rauber

Por Maiara Rauber
Da Página do MST

Na tarde desta segunda-feira (8), representantes de organizações do campo foram até a Secretaria da Agricultura na capital gaúcha, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, reivindicar o crédito emergencial para a produção de alimentos e sanar a fome que assola famílias urbanas e rurais. 

Entre as entidades presentes estavam, o MST, a União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes), Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável (Consea-RS), Central Única dos Trabalhadores (CUT) com a Comunidade, Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC) e Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD).

Na reunião foram apresentados pelo secretário dois decretos a serem implementados. O primeiro, será o auxílio emergencial de R$ 1.000,00 reais para famílias cadastradas no CadÚnico. De acordo com Domingos Velho Lopes e sua equipe, serão beneficiadas 14.526 mil famílias ainda no mês de agosto. 

Já o segundo decreto, destinará a mesma quantidade para os cadastrados na Declaração de Aptidão ao Pronaf ou DAP como é mais conhecida. No entanto, a Secretaria da Agricultura não obteve todos os dados necessários das famílias cadastradas na DAP. Por isso, para que essas pessoas recebam o benefício irá demorar mais algum tempo até a situação ser resolvida. 

“Nós saímos com um sentimento que o atual governo não tem um olhar para agricultura familiar pela demora de um retorno concreto. E que, o que foi oferecido para as famílias é insuficiente para socorrer as perdas que os agricultores tiveram nos últimos anos”, pontua Ildo Pereira, da Direção Nacional do MST RS. Outra situação frisada pelo Sem Terra, em relação ao segundo decreto, é que muitas famílias, infelizmente, não irão receber essa ajuda de R$ 1.000,00 reais do governo. 

Por fim, Pereira reforça a importância de seguir dialogando com o governo. Segundo ele, houve um combinado entre o atual secretário Domingos Velho Lopes e as organizações presentes, de que os diálogos devem continuar para melhor beneficiar a agricultura familiar camponesa no estado.

*Editado por Solange Engelmann