Alimentos Saudáveis

MST realiza 7ª Feira Estadual da Reforma Agrária em Aracaju/SE

Todos alimentos saudáveis vendidos na feira foram produzidos pelas famílias de assentadas de Reforma Agrária do território sergipano
7ª Feira Estadual da Reforma Agrária Popular ocorreu de 30 de agosto a 2 de setembro, em Aracaju. Foto: Coletivo de Comunicação MST Sergipe

Por Coletivo de Comunicação MST Sergipe
Da Página do MST

Os alimentos saudáveis do MST de Sergipe fizeram sucesso na 7ª Feira Estadual da Reforma Agrária Popular, que ocorreu de 30 de agosto a 2 de setembro, na Praça Dom José Thomaz, no Bairro Siqueira Campos, em Aracaju.

A feira superou todas as expectativas de venda tanto dos produtos in natura como também dos produtos agroindústrializados das cooperativas e associações e dos artesanatos. Todos alimentos saudáveis vendidos na feira foram produzidos pelas famílias de assentadas de Reforma Agrária de todo território sergipano.

Mas “a gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão e arte”, como bem dizia o Titãs. E com muito artesanato junto à vasta programação cultural, a 7ª Feira Estadual da Reforma Agrária Popular ferveu de arte por quatro dias com o Festival de Arte e Cultura da Reforma Agrária. Passaram pelo palco Casaca de Couro, Lari Lima, Samba do Arnesto, Lucas Campelo, os Faranis, Décio Nunes & Banda Ensaios, Val Santos, Branquinho do Acordeon, Fabinho e Forrozão Carro de Boi e Batuque das Mulheres do Assentamento Cruirí.

Manoel Antônio, do Setor de Produção do MST Sergipe, afirmou que a finalidade da feira foi atendida nesta edição. “O Movimento Sem Terra faz a luta, mas também tem o momento de mostrar para sociedade urbana o que produz no campo, nos assentamentos. A feira cumpre os princípios do MST de luta pela dignidade, terra, pão, trabalho, casa, e pelo fortalecimento da estrutura da família de assentados do MST”, explicou.

Segundo Manoel Antônio, nos últimos anos de luta pela Reforma Agrária construída pelo MST, o movimento passou por um aprofundamento que é discutir a Reforma Agrária Popular. “Isso passa por uma abertura do MST para que todas as entidades e movimentos construam a Reforma Agrária. O papel da Reforma Agrária é muito amplo no Brasil. Tem várias bandeiras, políticas públicas do estado, há uma necessidade de aglutinação e fortalecimento de outros movimentos como a Liga Campesina e o Movimento de Pequenos Agricultores (MPA)”.

Feira contou com o Festival de Arte e Cultura da Reforma Agrária, com uma vasta programação cultural. Foto: Coletivo de Comunicação MST Sergipe

O militante do MST destacou que desde o golpe de 2016, passando pelo governo Temer e Bolsonaro, o Movimento não teve avanços em relação à nenhuma política pública voltada à Reforma Agrária. Portanto destacou que a mudança na política nacional é uma conquista fundamental para as futuras gerações de famílias assentadas do MST em Sergipe e no Brasil.

Floriou

Grande parte da esquerda de Sergipe passou pela 7ª Feira Estadual da Reforma Agrária Popular para prestigiar a atividade do MST. Na sexta-feira, dia 2 de setembro, vários dirigentes sindicais da Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe) participaram do encerramento da feira.

“Tenho o prazer e o orgulho de, enquanto CUTista, ter este grande movimento de referência na minha formação política”, afirmou a professora Ivônia Ferreira, vice-presidenta da CUT/SE. Segundo Ivônia, foi nas aulas de História na escola pública que foi desvendado o preconceito instaurado no Brasil contra o MST. “A educação é o melhor remédio contra o preconceito. E o Brasil inteiro um dia ainda vai entender a importância do MST para a consolidação da democracia brasileira e a superação do passado colonial, escravocrata e da ‘indústria da fome’, que ainda hoje gera tanta desigualdade no Brasil”, afirmou Ivônia.

O presidente da CUT/SE, Roberto Silva, reforçou as palavras de Ivônia. “O presidente Lula, no debate no Jornal Nacional, demonstrou muito bem para o povo brasileiro o papel e a importância do MST para o Brasil. Quero saldar todos os trabalhadores do campo, da agricultura familiar e também os trabalhadores urbanos que vieram até aqui em solidariedade e apoio à luta do MST”.

No encerramento da Feira também estiveram presentes dirigentes do SINERGIA, SINDOMESTICO, SINTESE, SINTECT/SE, Sindicato de Trabalhadores Rurais de São Cristóvão e do Sindicato dos Servidores de Poço Verde.

*Editado por Solange Engelmann