Reivindicações

Campanha contra violência no campo lança carta compromisso às candidaturas

O documento busca firmar com os futuros governantes e legisladores do país compromissos na defesa da reforma agrária, demarcação de terras indígenas, titulação das comunidades quilombolas e ao meio ambiente
Segundo Farias, objetivo da campanha também é articular redes de apoio e proteção às populações vítimas de violência. Foto: CPT

Da Página do MST

A Campanha Nacional Contra a Violência no Campo em defesa dos povos do campo, das águas e das florestas lançou a Carta Compromisso aos Candidatos e Candidatas às Eleições de 2022. A Campanha foi lançada em agosto deste ano e é construída por organizações e movimentos populares.

O documento busca firmar com os futuros governantes e legisladores de todo país compromissos na defesa da reforma agrária, demarcação de terras indígenas, titulação das comunidades quilombolas e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. E também aponta a necessidade de se revogar, revisar e impedir a aprovação de Leis, Decretos, Portarias, Instruções Normativas que impedem o acesso a direitos dos povos do campo, das florestas e das águas, e que agravam a violência no campo.

Por fim, a carta compromisso ainda destaca a celeridade às ações judiciais que investigam crimes contra os povos do campo, das águas e das florestas, assim como na proteção de comunidades e defensores e defensoras de direitos humanos como medidas a serem atendidas.

Na ocasião de lançamento da Campanha, que ocorreu no mês de agosto, em Brasília, DF, Alessandra Farias, da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e da Coordenação da Campanha, explicou que a campanha é convocada, justamente, frente ao contexto de acirramento da violência no campo. “Entre outros objetivos, buscamos sensibilizar toda a sociedade sobre os casos de violência no campo, além de dar visibilidade aos casos concretos”, afirmou.

De acordo com Farias, a campanha tem o objetivo também de articular redes de apoio e proteção às populações que são vítimas de violência. “Com a campanha queremos contribuir para a resistência no campo, tornando público práticas e experiências dos povos, que servem como contraponto ao agronegócio”, finaliza. 

Entre 2011 e 2015 foram registrados pelo Centro de Documentação da CPT – Dom Tomás Balduíno – , 6.737 conflitos no campo, envolvendo mais de 3,5 milhões de pessoas. Já de 2016 a 2021, esses números subiram para 10.384 conflitos, atingindo 5,5 milhões de pessoas, em especial, crianças, jovens e mulheres.

Para assinar a carta compromisso basta baixar o arquivo, assinar a carta e  preencher o formulário disponível em https://forms.gle/KKH4D9DxxECKGmoz9

Confira a Carta na íntegra no link abaixo:

*Editado por Solange Engelmann