Homenagem

4 livros para entender o legado de Carlos Nelson Coutinho

Nestes 10 anos da morte do autor, relembre legado de um dos maiores especialistas sobre Gramsci
Carlos Nelson Coutinho em visita à Escola Nacional Florestan Fernandes. Foto: Arquivo MST

Por Fernanda Alcântara
Da Página do MST
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Carlos Nelson Coutinho foi um dos cientistas políticos marxistas mais reconhecidos do Brasil, sempre articulando sua reflexão teórica com a prática militante. Neste 20 de setembro, completam-se 8 anos da morte do pensador conhecido no Brasil e no exterior como um dos maiores especialistas na obra de Antonio Gramsci.

Uma das principais características que marca a produção intelectual de Carlos Nelson Coutinho é a vinculação de suas reflexões teóricas (a crítica filosófica e literária) e a análise histórico-política (especialmente da formação social brasileira) às lutas sociais do povo brasileiro. Para manter sempre viva e presente a sua obra, separamos 4 livros para entender o legado de Carlos Nelson Coutinho, que você pode adquirir pela Expressão Popular. Confira!

O Estruturalismo e a miséria da razão

Com única edição de 1972, agora reditado pela Expressão Popular com pósfácio de José Paulo Netto, o livro pretende contribuir para indicar os limites do estruturalismo e ressaltar a universalidade e a atualidade do pensamento de Luckács. Desenvolve e atualiza a crítica da cultura burguesa do irracionalismo com uma denúncia das variadas versões da corrente agnóstica, ou seja, daquele empobrecimento da razão que integra, complementa e reforça os mitos irracionalistas, particularmente os que transformam as regras formais intelectivas em realidade objetiva existente acima dos homens concretos.

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Cultura e sociedade no Brasil – ensaios sobre ideias e formas

São vários os aspectos que trazem unidade a este livro: a perspectiva marxista adotada na análise dos diferentes temas; a preocupação em compreender os diferentes aspectos da dinâmica da formação social brasileira, e seus reflexos tanto na cultura – através do trato de romancistas brasileiros e também do papel intelectual em uma sociedade como a brasileira – quanto na análise política, ao traçar relexões sobre três importantes intérpretes marxistas da realidade brasileira. A compreensão de que forma e conteúdo constituem uma unidade, assim como a de que a sociedade deve ser sempre analisada a partir do ponto de vista da totalidade é algo presente ao longo de todo o livro.

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Carlos Nelson Coutinho e a renovação do marxismo no Brasil

Esta coletânea reúne depoimentos e textos de gerações diferentes de intelectuais e militantes vinculados à tradição marxista e que comentam a vida e a obra de Carlos Nelson Coutinho, um comunista irredutível. Seu legado para a emancipação humana e brasileira é debatido a partir dos eixos da introdução de Gramsci no Brasil, da crítica à miséria da razão a partir de Lukács, também introduzido no país com sua contribuição. Nos deparamos também com comentários densos acerca de suas reflexões sobre a cultura e a literatura, e de um balanço de sua enorme contribuição para a formação na área do Serviço Social nas últimas décadas. Seus textos hoje são verdadeiros clássicos do pensamento crítico e cada linha desta obra introduz os leitores no seu universo de reflexão, como uma antessala muito qualificada para o mergulho em textos imprescindíveis, instigantes, polêmicos e de combate, a exemplo de Democracia como Valor Universal e O Estruturalismo e a Miséria da Razão.

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Cultura, democracia e socialismo – as ideias de Carlos Nelson Coutinho em debate

Este livro que compila algumas das intervenções realizadas no Seminário Internacional Carlos Nelson Coutinho e a Renovação do Marxismo e textos de autores que não puderam participar do evento pretende discutir o significado da obra de Carlos Nelson. Reunindo textos de renomados autores nacionais e internacionais, ele se compõe de duas partes: Marxismo, socialismo e democracia, e Luta política e luta ideológica no Brasil. Na primeira parte, os ensaios são de: Guido Liguori, Francisco Louçã, Antonio Infranca, José Paulo Netto, Michel Löwy, Mavi Rodrigues. Na segunda, escrevem Antonio Carlos Mazzeo, Marcelo Braz, Marcos Del Roio, Mauro Iasi, Milton Temer e Lúcia Maria Neves.

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*Este texto foi publicado inicialmente em 2020