I Feira da Reforma Agrária no Pará

Armazém do Campo realiza I Feira da Reforma Agrária e Feijoada no Pará

O espaço, que está finalizando sua reforma, desde o início da Copa do Mundo de Futebol 2022 vem realizando atividades durante os jogos da Seleção Brasileira, recebendo várias pessoas e comercializando produtos da Reforma Agrária

Por Carlinhos Luz

As atividades do futuro Armazém do Campo do Pará iniciaram com as transmissões dos
jogos da Seleção Brasileira de Futebol durante a Copa do Mundo 2022 e no último
sábado (03) realizou a I Feira da Reforma Agrária do Armazém do Campo.

O espaço está no momento de finalização da reforma e tem meta de ser inaugurado oficialmente em março do próximo ano. E parte dos recursos obtidos com as atividades servirão para ajudar na conclusão da reforma do prédio.

O Armazém do Campo no estado do Pará tem sua importância já que nele serão
comercializados produtos da Amazônia e também proporcionará que os outros
Armazéns do Campo, espalhados pelo Brasil, possam comercializar esses mesmos
produtos.

Para Jane Cabral, da Direção Nacional do MST, a finalidade do projeto do Armazém é
defender a produção e comercialização de alimentos saudáveis e livres de agrotóxicos,
diferente do projeto do Agronegócio na Amazônia.

“Trabalhamos na defesa de que podemos produzir alimentos saudáveis na Amazônia de forma sustentável, livre dos transgênicos e respeitando o Meio Ambiente. Queremos levar comida de boa qualidade e com preço justo para a mesa do povo paraense”, afirma Jane.

A I Feira da Reforma Agrária comercializou produtos das áreas de assentamentos e
acampamentos da região do nordeste paraense.

Macaxeira, maxixe, coco, hortaliças, frutas, doces, cachaça de jambú, farinha, coalhada,
rambutã, galinha caipira, artesanato, camisas e bonés do MST foram alguns dos muitos
produtos comercializados durante a feira.

Como parte cultural da Feira, muitas atrações fizeram parte do evento, como os cantores Diogo Rosa, Fabrício dos Anjos, Luizan e o grupo Rebeldia Cabana, formado por militantes do acampamento Terra Cabana.

São cerca de 10 pessoas que estão trabalhando de forma voluntária nas atividades do espaço, entre militantes do MST, Movimento dos Atingidos pela Mineração (MAM) e
movimento vegano de Belém.

“O Armazém do Campo do Pará já é uma realidade, a receptividade das pessoas está
sendo muito positiva, muitos amigos do Movimento estão ajudando e quem ganha com isso é a povo paraense”, conclui Jane.