Agroecologia
Assentamento Mártires de Abril promove intercâmbio sobre criação de abelhas nativas, no PA
Por Carlinhos Luz
Da Página do MST
Nesta quinta feira (08), as famílias do assentamento Mártires de Abril, na Ilha do Mosqueiro, localizado no distrito de Belém. no Pará, participaram de um intercâmbio e troca de experiências sobre a criação de abelhas nativas. conjuntamente com estudantes dos cursos de Agronomia, Técnico em Agropecuária e Educação do Campo do Instituto Federal do Pará (IFPA), Campus Castanhal.
Auxiliados por agrônomos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) e do Coletivo Abelhas Nativas, o objetivo do encontro era mostrar a importância da meliponicultura para a agricultura.
A criação de abelhas nativas sem ferrão, já iniciadas no assentamento, se propõe em introduzir as abelhas num sistema agroecológico que os assentados já desenvolvem e incorporar esse novo instrumento para ajudar na polinização das plantas, produção de mel e renda para as famílias.
Aumento da produção
Para Camila Leão, engenheira agrônoma do Coletivo Abelhas Nativas, explica que as abelhas são importantes para o agrossistema de um modo geral e para a alimentação.
“Além de gerar renda para as famílias, o trabalho com as abelhas possibilita o aumento da produção da culturas que temos na agricultura familiar como é o caso do açaí, muito presente na região e que se beneficia claramente da polinização desses pequenos insetos”, esclarece Camila.
A experiência dos assentados com a criação das abelhas aliada à produção de mudas de plantas no viveiro do assentamento faz parte do Plano Nacional do MST, Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis.
Segundo Teófila Nunes, assentada e dirigente do movimento, o trabalho de formação e a prática são importantes para os assentados. “Temos feito um trabalho importante junto às famílias do assentamento e a troca de experiências realizadas neste encontro reforça a importância que tem para a agroecologia a meliponicultura, e a produção de alimentos saudáveis”, afirma dona Téo, como é conhecida.
No final da atividade, os participantes do encontro realizaram um plantio de mudas de árvores nativas da Amazônia em memória a Ulisses Manaças, dirigente do MST do estado, falecido no ano de 2018 e que completaria no último mês de novembro 50 anos de idade.
*Editado por Solange Engelmann